Maputo, 24 Mai (AIM) – A Câmara de Comércio de Moçambique (CCM) e a Federação do Sector Privado (FSP) do Ruanda firmaram hoje (24), em Maputo, parcerias comerciais que visam capitalizar investimentos nas áreas de extracção minera, turismo, agronegócios, tecnologias de comunicação e informação, e energia.
Um memorando nesse sentido foi formalizado pelo Presidente da CCM, Álvaro Massingue, e seu homólogo da FSP do Ruanda, Robert Bofakulera.
O documento assenta em quatro pilares que vão permitir internacionalizar a economia dos dois países africanos que já cooperam na ala militar, combatendo o terrorismo na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
“Pretendemos viabilizar a cooperação e o intercâmbio empresarial entre os dois países, incrementar parcerias para a promoção de negócios e trocas comerciais para alavancar as nossas economias, capitalizar mecanismos conjuntos para a exploração das potencialidades para promover maior proximidade económica e internacionalizar as nossas empresas, marcas, produtos e serviços”, assegurou Massingue.
A margem da assinatura, falando na abertura do Fórum de Negócios Moçambique-Ruanda, o Presidente da CCM destacou, ainda, as áreas de interesse entre as duas agremiações económicas.
“Através deste fórum, esperamos firmar portas de entrada seguras para alcançarmos o mercado desafiante da zona da África Central. Moçambique tem enormes potencialidades minerais, turísticas, agrícolas, faunísticas, pesqueiras e uma população jovem e activa. Temos consciência dos acordos já existentes cujas trocas comerciais têm como base a exportação de açúcar, milho e carvão mineral’’, disse.
Avançou que a recente adesão de Moçambique ao processo Kimberley abre portas para transacção de minérios como diamantes, grafites, rubis, e areias pesadas que constituem um potencial a partilhar com o Ruanda.
Massingue reconhece o empenho dos ruandeses em superar grandes desafios com destaque para a recuperação social e económica, combate a corrupção, promoção da estabilidade e segurança e modelos de desenvolvimento que colocam aquele país em 38/a posição no último ranking mundial do Doing Business 2020 e em 2/o lugar no continente africano.
Por seu turno, o Presidente da FSP, Robert Bofakulera, afirmou que Moçambique é um destino favorável para investimentos, facto que estimula o sector empresarial privado Ruandês a estabelecer parcerias económicas.
“Entendemos que este país tem grandes potencialidades para atrair investidores. Queremos capitalizar as oportunidades que Moçambique oferece. Interessa-nos cooperar nas áreas portuárias para facilitar a exportação e importação de produtos, assim como em outras infra-estruturas e grandes projectos”, declarou.
A abertura do Fórum de Negócios Moçambique-Ruanda, que prossegue nas próximas 48 horas, foi dirigida pelos Ministros da Indústria e Comércio, Silvino Moreno e Habyarimana Béata, de Moçambique e Ruanda, respectivamente.
Participam no evento mais de 130 empresários.
(AIM)
Paulo Cossa (PDC) /mz