
Serviço de fotografia da AIM. Esta é uma imagem disponibilizada pelo serviço de fotografia da Agência de Informação de Moçambique. Maputo, Moçambique, 2022.
A Montepuez Ruby Mining (MRM), empresa moçambicana que opera o depósito de rubis no distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, vai realizar próxima semana um leilão virtual de rubis na Tailândia.
O fecho do primeiro leilão ocorrerá no dia 06 de Junho corrente, o segundo no dia 16 e o último no dia 17, o que permitirá que no dia 18 do mesmo mês a empresa tenha o valor total do conjunto das mini series de leilões que Irão ocorrer, em qualidade e quantidade.
A informação foi tornada pública hoje (02), em Maputo, por Raime Raimundo Pachinuapa, director corporativo da empresa, no decurso da Conferência e Exposição sobre Mineração, Energia, Petróleo e Gás de Moçambique (MMEC), evento que discute o desenvolvimento de políticas e projectos das indústrias extractivas no país, assumindo-se como plataforma de “network” para as partes interessadas neste sector da economia.
“Devido a pandemia da COVID-19, o nosso leilão será virtual e ocorrerá na Tailândia já na próxima semana”, disse Pachinuapa.
De acordo com a fonte, a Montepuez Ruby Mining vai levar ao leilão de 2022 cerca de 667 mil quilates de rubis, praticamente a mesma quantidade leiloado ano passado e espera repetir o resultado histórico alcançado em 2021 que consubstanciou-se em 88,4 milhões de dólares norte-americanos de uma série de mini leilões de rubis.
Em 2019, a MRM gerou boas receitas em leilões de rubis, enquanto, em 2020, não foi possível realizar qualquer actividade devido à pandemia do Covid-19 que forçou o enceramento da mina entre Abril de 2020 e Março de 2021.
Segundo a empresa, as operações na MRM cresceram exponencialmente este ano com recentes investimentos na ordem de 15 milhões de USD para a aquisição de uma unidade de lavagem e instalação de uma nova casa de selecção e classificação de rubis.
O primeiro leilão de rubis de Moçambique teve lugar em 2014, o que marcou um ponto de virada no comércio deste minério no mundo, sendo que, nos últimos anos, os rubis moçambicanos têm tido grande procura no mercado internacional, sobretudo o asiático.
A MRM detém uma concessão de 25 anos numa área de 33 mil hectares e acredita-se ser o mais recente depósito de rubis descoberto no mundo. A Gemfields detém uma participação de 75 por cento na empresa e os remanescentes 25 por cento propriedade da empresa moçambicana Mwiriti.