Cerca de 150 micro-empresas, afectadas pelas acções terroristas nas regiões norte e centro de Cabo delgado, no norte de Moçambique, já retomaram as suas actividades.
Trata-se de micro-empresas que se beneficiaram de financiamento da linha de crédito bonificado, inserido no programa de relançamento do sector privado, cujo objectivo é dinamizar a economia rural nas zonas outrora afectadas pelo terrorismo.
O presidente do Conselho empresarial provincial, Mahamud Irásh, disse que embora de forma tímida há retorno das micro-empresas às zonas de origem.
“Já se fala de 154 beneficiários, desses, maior número está em Metuge porque nesses outros distritos ninguém se atreve a dar financiamento “, disse Irash, citado pela Rádio Moçambique, emissora pública.
Devido ao terrorismo, mais de 4.900 empresas foram directamente afectadas em Cabo Delgado.
Desde Julho de 2021, as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique (FDS), tropas ruandesas, juntamente com a Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM, sigla em inglês) estão em diversas frentes a combater os terroristas, o que resultou numa significativa redução das suas investidas.
Graças aos resultados deste esforço conjunto, instituições de Estado e privadas estão paulatinamente a retomar o seu pleno funcionamento, mesmo em locais que tinham sido tomados pelos terroristas.
Algumas populações também têm estado a retornar às suas origens de onde tinham sido forçadas a sair a procura de locais seguros.
Além de pouco mais de duas mil mortes e destruição de infra-estruturas económicas e sociais, os ataques terroristas que assolam alguns distritos de Cabo Delgado, desde finais de 2017, provocaram cerca de 800 mil deslocados.