A China poderá apoiar a reabilitação da Estrada Nacional Número 1 (EN1), uma infra-estrutura com uma extensão perto de 2.500 quilómetros, que liga o Rovuma ao Maputo.
Segundo autoridades relevantes, a EN1 carece de uma reabilitação de emergência orçada em mais de 700 milhões de dólares.
O pedido de apoio foi formulado pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, durante uma audiência que concedeu na manha de hoje, em Maputo, ao membro do Bureau Político do Partido Comunista da China (PCCh) e director da Comissão dos Negócios Estrangeiros daquele país, Yang Jiechi.
O governo moçambicano solicitou ainda a ajuda da China para a construção da Cidadela Parlamentar, a ser edificada no distrito municipal de KaTembe, em Maputo.
A cidadela é um projecto que visa responder a demanda dos serviços da Assembleia da República, o parlamento mocambicano, que conta actualmente conta com 250 deputados e mais de 350 funcionários.
O projecto contempla a construção, de raiz, de instalações próprias para o seu funcionamento e casas para os deputados e funcionários.
Falando minutos após o término do encontro, a ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, afirmou que foi uma audiência frutuosa, durante a qual o Chefe do Estado acolheu um grande amigo de Moçambique e quadro sénior do governo chinês.
‘O Presidente da República de Moçambique falou da necessidade de apoio para a reabilitação da Estrada nacional Número 1 (EN1) pois, como todos nós sabemos, liga o nosso país de lês a lês e essa intenção foi colocada à mesa depois os dois países vão continuar a reflectir para se chegar a uma conclusão. No mesmo encontro, falou também da importância da construção do edifício sede da Assembleia da República’, explicou a ministra.
Acrescentou que a reunião serviu igualmente para aprofundar as relações históricas de amizade, solidariedade e de cooperação existentes entre os dois países e povos.
“O encontro foi caracterizado por um ambiente de cordialidade, amizade e solidariedade que permitiu avaliar a situação política, económica e social prevalecente em Moçambique e na República Popular da China’, anotou.
Durante o encontro as partes passaram em revista a implementação de importantes instrumentos jurídicos de cooperação bilateral existentes entre os dois países.
Nyusi aproveitou a ocasião para manifestar o seu apreço pelo apoio concedido pela China no desenvolvimento sócio-económico de Moçambique.
‘O encontro, de facto, serviu em grande medida para o nosso Presidente agradecer o apoio dado pela China na nossa eleição a membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas’, sublinhou Macamo.
Num outro desenvolvimento, a chefe da diplomacia moçambicana referiu que a situação sobre a subida dos preços dos combustíveis é, em parte, desencadeada pelo russo-ucraniano, pelo que urge uma solução pacífica.
‘Nós todos estamos preocupados com a guerra Rússia e Ucrânia. Moçambique está preocupado e é por causa disso que é pelo diálogo. Um diálogo responsável que leve os dois países a chegarem a um consenso porque até nós que estamos longe desses países estamos a sentir as consequências da subida dos combustíveis e da guerra existente’, lamentou.
Yang Jiechi encabeça uma delegação, que integra o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Deng Li, e o director-geral-adjunto do Departamento dos Assuntos Africanos, Zhou Ping.