Mais de seis milhões e oitocentas crianças dos zero aos 59 meses serão abrangidas na terceira ronda da campanha de vacinação contra a pólio, a decorrer a partir da próxima semana em Moçambique.
A vacinação, a ser administrada por via oral, será feita porta-a-porta, nos centros de Saúde e noutros lugares, como creches, mercados, igrejas, entre outros.
O Ministério da Saúde (MISAU) tem já criadas as condições para que a campanha decorra sem sobressaltos e apela, para o efeito, à colaboração dos pais e encarregados de educação.
Segundo o “Notícias”, num encontro com jornalistas na quinta-feira, Balbina Pinto, ponto focal da campanha, disse que a vacina visa proteger as crianças contra paralisia e bloquear a transmissão do vírus reportado no país e na região.
As crianças que tiverem tomado o imunizante e as casas visitadas serão marcadas, para orientar as equipas de monitoria.
Pinto explicou que a pólio é uma doença grave e contagiosa, afecta o sistema nervoso e não tem cura e a vacina é a forma mais eficaz de preveni-la, daí que todas as forças vivas da sociedade devem ajudar na mobilização das famílias para aderirem à campanha.
“O vírus da pólio espalha-se muito rapidamente e as crianças que não são vacinadas correm maior risco de apanhar a doença. Ao vacinar cada criança menor de cinco anos contribuímos para a saúde de toda a comunidade”, disse.
Referiu que em Moçambique casos de pólio circulante também foram reportados nas províncias notenhas de Nampula e Cabo Delgado em 2020 e central de Manica em 2022.
Um caso selvagem da doença foi notificado na província central de Tete em Maio deste ano.
Duas rondas de vacinação foram realizadas nas sete províncias do Norte e Centro em Março e Abril, com um total de 5528.164 crianças vacinadas contra a paralisia infantil.
“Neste momento o país prepara-se para a 3ª ronda da campanha, a nível nacional, que abrangerá também as quatro províncias do Sul (Maputo, Maputo Cidade, Gaza e Inhambane)”, disse.
Indicou que os líderes comunitários e religiosos se destacam como parceiros fundamentais no engajamento das comunidades, daí que são, uma vez mais, chamados a desempenhar o seu papel.