Alguns transportadores semi-colectivos de passageiros que operam na província meridional de Maputo, em Moçambique, condicionavam hoje (04), o pagamento da tarifa de passageiros por cada paragem.
“Tivemos uma situação um pouco atípica na zona de Malhampswene onde alguns condutores condicionavam a viagem dos passageiros mediante pagamento por cada paragem”, disse Juarce Martins, porta-voz da Polícia da Republica de Moçambique (PRM), a nível da província de Maputo.
O Superintendente da Polícia reconheceu que o problema criou “alguma agitação no seio de passageiros, mas depois ficou dissipado”.
No que concerne a greve dos transportadores semi-colectivos de passageiros, Martins considera que a nível da província de Maputo, a mesma decorreu de forma ordeira.
Lamentou o facto de os passageiros continuarem a circular a pé (até por volta das 12 horas locais) porque os transportes semi-colectivos não estão a circular como devia ser.
“Nas primeiras horas circularam. Mas por volta das seis horas praticamente pararam”, disse.
A fonte disse que a PRM constatou situações tais como de operadores que ficam nas filas ao longo das estradas, e outros que querem prosseguir com a actividade, mas depois são impedidos pelos seus colegas.
“Tivemos pontos críticos onde até foram colocadas barricadas”. Trata-se da segunda rotunda da circular de Maputo, no bairro Zona Verde, e na Matola Rio.
Questionado sobre as reais causas da paralisação, Martins frisou que “nos baseamos na informação que circula publicamente de que estão em greve por causa da subida do preço dos combustíveis”.
“Creio que há fóruns que neste momento procuram encontrar solução”, revelou o Superintende da PRM.
A AIM constatou que em algumas rotas onde operam autocarros a situação estava normal.
Entretanto, em alguns bairros tais como Fomento, cidade da Matola, que dependem de mini-buses o impasse continuava até cerca das 14 horas.
A passagem do bairro do Fomento para o centro da cidade de Maputo custa, actualmente, 15 meticais (cerca de 23 cêntimos do dólar). Mas, em termos práticos, a passagem custa mais do que isso porque para viajar em condições condignas o passageiro deve fazer “ligações”.
Assim, com as “ligações”, a viajem acaba custando 30 meticais.