O Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) abriu um processo-crime para apurar responsabilidade no desvio e má gestão dos fundos alocados no contexto da resposta à Covid-19 em Moçambique.
Os dados foram partilhados por este órgão por ocasião do lançamento do Dia Africano de Luta contra a Corrupção, que se assinala segunda-feira.
Segundo o “Noticias”, o GCCC refere que a sua investigação partiu das conclusões do relatório que solicitou ao Ministério das Finanças, no qual o Tribunal Administrativo constata, entre outras situações, irregularidades relacionadas com adjudicações directas e pagamentos indevidos e desvios de aplicação.
No documento, o Tribunal Administrativo indica terem sido desviados ou usados de forma indevida cerca de dois mil milhões de meticais (31.314.679,81 dólares norte-americanos), em nome de acções de combate à pandemia.
Conforme refere a fonte, os casos de corrupção, desvio e má gestão de fundos detectados têm a ver com a inobservância das medidas de transparência e responsabilização nos processos de aquisição e gestão.
Entretanto, relacionado com o assunto, ao nível da província de Nampula, norte do país, foram instaurados dois processos sobre o desvio e má gestão de fundos, tendo um deles sido já acusado.
Um diz respeito à compra de material de higienização e outro, ainda em diligências, à aquisição de máscaras.
Sobre este último, segundo o GCCC, as máscaras foram adquiridas mas no acto da sua distribuição aos beneficiários constatou-se que as quantidades eram inferiores às declaradas, o que aponta para um esquema de sobrefacturação.