O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) deteve dois indivíduos em conexão com o rapto de um empresário moçambicano, ocorrido a 30 de Junho passado, na capital Maputo.
Os suspeitos são dois irmãos moçambicanos, de 26 e 37 anos de idade. A vítima, identificada pelo nome de Muhammed Anwar, foi sequestrada próximo da sua residência, no bairro da Polana Caniço A.
“O SERNIC constatou que o rapto teria sido executado por três indivíduos que se faziam transportar numa viatura ligeira de marca Honda Fit, cor azul, e por detrás foi identificada outra de marca Toyota Ractis, cor branca que acredita-se que estava a fazer um acompanhamento’, anunciou o porta-voz do SERNIC, Hilário Lole, em conferência de Imprensa havida hoje, em Maputo.
Explicou que das diligências feitas foi possível identificar dois cidadãos. Um deles terá arrendado uma casa próximo da residência da vítima, para facilitar a operação, há cerca de três meses, pela soma de 75 mil meticais (um dólar equivale a perto de 64 meticais ao câmbio do dia).
A SERNIC encontrou na referida residência duas viaturas, aparentemente as mesmas que terão sido usadas no dia em que ocorreu o sequestro.
“Este cidadão foi trazido para o processo investigativo e o mesmo teria dito que uma dessas viaturas foi adquirida no mesmo dia da ocorrência dos factos paga por um cidadão que é identificado como seu patrão e era também responsável pelo pagamento da renda da mesma residência”, disse Lole.
“O suspeito alega ser mecânico do referido patrão e que aufere um salário no valor de 25 mil meticais para concertar as suas viaturas’, detalhou.
Acrescentou que durante a operação para o esclarecimento do crime foi detido o irmão, que terá recebido o valor de 50 mil meticais para arrendar uma outra residência no bairro do Nkobe, no município da Matola, que se acredita para ser usada como cativeiro.
“Todos estes factos deixam claro aquilo que é o envolvimento directo destes dois indivíduos para a execução do rapto”, sublinhou.
Afirmou que prosseguem as investigações, em coordenação com as congéneres dos países vizinhos, para a neutralização do suposto patrão, pois circulam informações segundo as quais é residente no estrangeiro.
O SERNIC está igualmente a trabalhar com as outras forças de manutenção da lei e ordem para encurralar os praticantes dessa acção para que não tenham uma outra saída senão libertar a vítima, cujo paradeiro é desconhecido.
Entretanto, os detidos negam o seu envolvimento no crime pelo qual são acusados.
“Eu não sei porque é que estou detido uma vez que não cometi o crime de que sou acusado. Eu nem conheço o tal empresário que o SERNIC alega que eu e o meu irmão raptamos’, declarou um dos suspeitos.