O membro do Conselho Islâmico de Moçambique (CIM), em Nampula, Jamal Mussa, acusou os terroristas que actuam na província nortenha moçambicana de Cabo Delgado, invocando a religião islâmica, de serem malfeitores que querem estragar a união entre os moçambicanos.
O Sheikh Mussa teceu estas considerações, durante o sermão que proferiu, neste sábado perante centenas de crentes em Nampula, nas celebrações do Eid ul Adha, assinalado pela comunidade islâmica em todo o mundo.
“A nossa zona norte está sendo ameaçada por causa do terrorismo, em Cabo Delgado, por isso a nossa união é importante. São malfeitores que querem estragar a união dos muçulmanos, dos cidadãos moçambicanos que vivem há mais de mil anos no mesmo território, respeitando as suas diferenças religiosas e culturais”, disse.
Num outro desenvolvimento, Mussa continuou na mesma linha considerando que “aliás, é olhando para esse aspecto que dizemos que temos uma rica diversidade cultural. Hoje aparecem pessoas mal-intencionadas, bandidos, assim poderemos chamar, para denegrir a imagem do Islão”.
Atentamente seguido pelos crentes que acorreram ao local das cerimónias centrais do Eid ul Adha, na cidade de Nampula, o líder religioso recordou quais os fundamentos do Islão.
“Porque o Islão, meus irmãos é a obediência as normas divinas. O Islão tem como seus pilares e propósitos da sua implementação, preservar a vida, a honra e dignidade humanas e respeitar a convivência saudável entre as pessoas independentemente das suas convicções sejam elas religiosas políticas e mesmo culturais”, anotou.
Em Nampula, as celebrações centrais, ocorreram num espaço aberto, na capital provincial, replicado em mais 14 locais de culto.
O Eid ul Adha é um festival celebrado entre os muçulmanos de todo o mundo em memória do sacrifício que o profeta Ibrahim fez por fé em Alá.
Ibrahim mostrou vontade de sacrificar seu filho mas Alá substituiu-o por um cordeiro. Este evento é mencionado no Alcorão.