O secretário de Estado na província de Manica, Edson Macuácua, estabeleceu um período máximo de 30 dias para acabar com a poluição dos rios decorrente da actividade do garimpo para a extracção de ouro no distrito de Manica, na província do mesmo nome, centro de Moçambique.
Macuácua visitou semana passada a zona de Malidza, posto administrativo de Penhalonga, onde escalou um dos principais rios daquela região para aferir, de perto, o nível de poluição das águas.
Em Malidza passam três rios importantes, nomeadamente Revue, Nhamhama e Mangunda, que registam uma forte poluição por causa do garimpo ilegal para a extracção de ouro.
Como consequência, a população, estimada em 26 mil habitantes, é forçada a procurar fontes alternativas para ter água para consumo doméstico. Muitas famílias abrem furos caseiros e a prática da agricultura e pecuária também está condicionada devido a actividade do garimpo ilegal, cujo reflexo é a poluição das águas dos rios.
Só na localidade de Malidza existem mais de 300 pessoas que se dedicam à exploração do ouro. A maioria exerce a actividade de garimpo sem a observância das regras para uma exploração sustentável e segura.
A poluição dos rios tem o impacto negativo na vida da população porque prejudica outras actividades como a agricultura, degradando a qualidade dos solos e afectando a irrigação, bem como o abeberamento do gado e animais de pequena espécie.
Falando a imprensa em Malidza, Edson Macuácua exigiu uma maior empenho por parte das lideranças comunitárias para acabar com a problemática de poluição dos rios no distrito de Manica.
“É uma situação que nos preocupa bastante, porque também afecta a saúde humana. O desafio é trabalhar com as lideranças comunitárias para que essa situação seja resolvida’ disse Macuácua.