O governo dos Estados Unidos da América (EUA) vai desembolsar 116 milhões de dólares para assistência alimentar e nutricional aos mais de 800 mil deslocados devido aos ataques terroristas na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
O montante vai, também, satisfazer as necessidades em saúde, água, agricultura, entre outras.
Com o montante, o total de assistência humanitária dos Estados Unidos a Moçambique, este ano, é de mais de 167 milhões de dólares.
O facto foi anunciado esta quarta-feira (20), em Maputo, pela Subsecretária de Estado para Segurança Civil, Democracia e Direitos Humanos no Departamento de Estado dos EUA, Urza Zeya, no término de uma audiência que lhe foi concedida pelo Presidente da República, Filipe Nyusi.
“Com este apoio, os Estados Unidos estão a ajudar cerca de 800 mil pessoas deslocadas internamente e a trabalhar com parceiros locais para enfrentar os vectores do terrorismo e cultivar a coesão da comunidade”, afirmou.
Assegurou que os EUA estão empenhados em apoiar os moçambicanos a construir um país mais saudável, seguro, democrático, e mais próspero para todos.
“Continuamos empenhados no aumento da cooperação contra o extremismo violento, reforçar a resposta contra pandemias, assegurar a prosperidade económica, e apoiar instituições democráticas fortes”, vincou.
Revelou que o seu país continua a ser o maior doador bilateral a Moçambique. No ano passado, os EUA disponibilizaram mais de 536 milhões de dólares de assistência, particularmente para a área da saúde.
Por isso, segundo a fonte, os EUA continuarão comprometidos em trabalhar com o governo moçambicano, sociedade civil, e sector privado para reforçar as capacidades de resiliência das comunidades afectadas pelo terrorismo e pelas catástrofes naturais.
Acrescentou que as parcerias entre o governo e a sociedade civil melhoram os resultados em matéria de saúde e educação, previnem as uniões prematuras, capacitam os jovens vulneráveis a resistir ao extremismo violento, e aumentam a confiança e as interacções positivas entre as comunidades e o governo.
Num outro desenvolvimento, Urza Zeya disse haver factores desestabilizadores externos em jogo em relação a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que em grande escala causou perturbações generalizadas e aumentou significativamente o preço dos alimentos e do combustível no mundo.
Acredita-se que mais de 40 milhões de pessoas em todo o mundo estão em risco de insegurança alimentar devido ao conflito.
É por isso que, segundo Zeya, os Estados Unidos pretendem disponibilizar mais de cinco mil milhões de dólares em ajuda adicional este ano, incluindo mais de 760 milhões de dólares especificamente para a segurança alimentar global.
A maior parte do novo financiamento vai para as nações africanas, incluindo Moçambique.