O terrorismo é um mal que afecta todos os moçambicanos e não apenas os habitantes da província de Cabo Delgado, na região norte, adverte o Secretário de Estado na província central de Manica, Edson Macuácua.
Explicou que o seu impacto faz-se sentir directa ou indirectamente na vida da população e economia do país. Recordou que os moçambicanos conhecem os horrores da guerra, pois sentiram na sua própria carne e ossos o seu impacto.
“Vimos pessoas a morrer, o sangue a jorrar por todos os lados e o país paralisado. Por isso, qualquer manifestação ou tendência para violência ou mesmo conflito deve ser apagada com denúncias às autoridades governamentais’, disse hoje, Macuácua no segundo e ultimo dia de uma visita ao distrito de Vanduzi, que tinha como objectivo verificar o grau de cumprimento do Plano Quinquenal do Governo, as acções desenvolvidas no passado e no primeiro semestre de 2022.
Desde a sua eclosão em Outubro de 2017, os ataques dos terroristas já fizeram mais de 3.500 mortos e 850 mil deslocados, para além da destruição de infra-estruturas públicas e privadas.
O governante exorta a população para não permitir que pessoas de conduta duvidosa se instalem no seio das comunidades, com o intuito de apenas semear dor e luto, que só retardam o progresso de Moçambique.
Recordou que os moçambicanos conhecem os horrores da guerra, pois sentiram na sua própria carne e ossos o seu impacto.
“Vimos pessoas a morrer, o sangue a jorrar por todos os lados e o país paralisado. Por isso, qualquer manifestação ou tendência para violência ou mesmo conflito deve ser apagada com denúncias às autoridades governamentais’, disse.
‘Queremos que a paz seja irreversível. Que não voltemos ao passado de guerra e de sangue. As lideranças comunitárias e religiosas são convidadas para que no vosso dia-a-dia orem para uma paz definitiva, que começa na família, na comunidade, nas igrejas para o país. A paz deve ser assumida como um grande desafio a ser enfrentado por todos os moçambicanos’, acrescentou.
Segundo Macuácua, o governo está atento a todas as manifestações e movimentos estranhos, mas graças ao trabalho dos líderes comunitários e religiosos, a província de Manica ainda goza de num clima relativamente calmo.
‘Mas gostaríamos que o sossego fosse total. O povo quer trabalhar para aumentar a renda familiar e desenvolver o país. Para isso, é preciso que tenhamos uma paz total. Onde a circulação de pessoas e bens, a edificação de infra-estruturas públicas e privadas, bem como outras acções aconteçam sem limitações devido a guerra’, acrescentou.
Na ocasião, Macuácua dialogou com os líderes comunitários e religiosos, onde apelou maior controlo por parte da população contra qualquer situação que atenta contra a ordem e segurança pública.
Disse ser importante que cada moçambicano esteja atento e denuncie as pessoas suspeitas para que em Vanduzi e outras regiões do país, não permitir a existência de esconderijos de malfeitores ou células clandestinas de pessoas do mal, que possam manipular ou instrumentalizar pessoas, em particular jovens para serem usadas como carne de canhão dos terroristas.