
: Trabalhos de manutenção de estradas
O governo moçambicano decidiu avançar com intervenções de emergência na estrada nacional número 1, (EN1), que liga Moçambique do Rovuma ao Maputo, enquanto mobiliza recursos para uma reabilitação profunda na espinha dorsal rodoviária do país.
“Assegurar a mobilização de recursos dedicados à reparações de emergência, enquanto decorre a mobilização de recursos para reabilitação da EN1”, instou o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita.
O governante que discursava, nesta sexta-feira, em Matibane, Mossuril, província de Nampula, no final do VIII Conselho Coordenador do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos (MOPHRH), esclareceu que recomendações foram transmitidas na busca de soluções daquilo que a área designou de crise nacional.
“A situação actual da EN1, que o Conselho Coordenador considerou como crise nacional, mereceu profundos debates desta magna reunião, onde o sector, como um todo, foi instado a trazer uma solução com vista a intervir na chamada espinha dorsal e cartão-de-visita do nosso país”, afirmou o ministro.
O governante deixou como nota que os participantes desafiaram a Administração Nacional de Estradas (ANE) para trazer soluções e acções concretas com vista a melhoria das condições de transitabilidade da EN1 e a intensificar a promoção de aplicação de soluções tecnológicas na manutenção de estradas, sobretudo as terraplenadas.
Nesse sentido, Mesquita instruiu a ANE no sentido de se reestruturar e ser mais interventiva para melhorar a sua acção na manutenção da rede de estradas.
“Os delegados provinciais devem estar cometidos e comprometidos, assegurando maior rigor na fiscalização e manutenção da rede de estradas provinciais e que explorem os mecanismos de cooperação com as academias e Ordem dos Engenheiros”, recomendou.
Para o caso do abastecimento de água, outra área de grande impacto social, o Conselho Coordenador concluiu que se registam avanços na expansão dos serviços, contudo, recomenda uma maior dinâmica e celeridade para que os sistemas tenham mais sustentabilidade.
“Estão a ser servidos adicionalmente cerca de 1,8 milhão de pessoas no abastecimento de água e 3,4 milhões de pessoas no saneamento e, que, de forma célere, sejam desenvolvidas acções concretas que garantam a eficiência energética nos sistemas para que o serviço de água e saneamento seja acessível para todos”, anotou.
Num outro desenvolvimento, Mesquita informou que o sector de água e saneamento regista um défice de 26 por cento o correspondente a 17 mil milhões de meticais (cerca de cerca de 266,9 milhões de dólares) para financiar as suas actividades.
“Para o alcance das metas do PQG (2020-2024), o Conselho Coordenador instou ainda o sector de águas e saneamento a continuar mobilizar recursos para financiar actividades, pois ainda prevalece o défice de cerca de 26 por cento que corresponde a 17 mil milhões de meticais”, referiu.
O evento, de três dias, analisou o desempenho do MOPHRH nos últimos 12 meses. O mesmo foi marcado pelo lançamento da Plataforma de Implementação e Monitoria de Projectos de Obras Públicas e do Programa de Desenvolvimento Urbano do Norte de Moçambique(PDUNM).
Foi igualmente um ocasião para a assinatura do Convénio de Regulação entre a Autoridade Reguladora de Água (AURA) e o governo do distrito costeiro de Mossuril, na província de Nampula.