O secretário-geral da Associação dos Combatentes de Luta de Libertação Nacional (ACLLIN), Fernando Faustino, disse estar vigilante no processo das eleições internas da Frelimo, partido no poder em Moçambique, para que os membros da Associação ocupem o mínimo 18 por cento dos assentos, legalmente estabelecidos.
Os membros da ACLLIN, segundo Faustino, devem estar representados desde os comités de zona, distritais, até aos das províncias.
O secretário-geral da ACLLIN falava à imprensa, minutos após ter dirigido um encontro com os membros da agremiação a nível da província de Maputo, acto que teve lugar no município da Matola, província meridional de Maputo.
“Nós temos 18 por cento nas eleições internas a todos os níveis [da Frelimo], então temos que ficar vigilantes para que de facto os nossos camaradas sejam eleitos à todos os níveis”, disse Faustino.
Para que o processo seja mais eficaz, Faustino exige que os membros da ACLLIN participem activamente nas actividades da Frelimo.
Faustino exorta aos membros da ACLLIN, e a todos os moçambicanos, no geral, a redobrar a vigilância para combater os infiltrados nas fileiras da Associação, sublinhando de seguida que os terroristas que estão actualmente a cometer atrocidades em alguns distritos da província nortenha de Cabo Delgado, podem estar a se preparar para actuar em outros lugares do país.
“Vim aqui para dizer que tínhamos que redobrar a vigilância sobre infiltrações nas nossas fileiras, e não só, na sociedade em geral, porque os bandidos hoje estão em Cabo Delgado, já apareceram no [província nortenha de] Niassa; possivelmente podemos ouvir amanhã que estão em [província nortenha de] Nampula, ou noutra província”, afirmou.
Sobre a realização do 12º Congresso da Frelimo, agendado para iniciar a 24 de Setembro próximo, no município da Matola, Faustino disse que como protagonistas da Frelimo, os combatentes devem estar encorajados a participar activamente na preparação da magna reunião.
O 12º Congresso realizar-se-á num momento impar, porque, de acordo com Faustino, além de o país ter sido eleito, em Junho último, membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, existem os próximos desafios, apontando as eleições municipais de Outubro de 2023, e as gerais a terem lugar em Outubro de 2024.
“Os desafios são grandes e precisávamos de dar uma mensagem de esperança e coragem aos combatentes da luta de libertação nacional”, disse.
Em Abril do corrente ano, Faustino foi reeleito secretário-geral da ACLLIN, no mandato que termina em 2027.