Um total de 432 imigrantes ilegais foram retidos pelas autoridades de Migração no primeiro semestre deste ano, em diversas regiões da província de Manica, centro de Moçambique.
O número representa um incremento em 26 por cento, quando comparado com o número de imigrantes retidos no igual período do ano passado (2021) que foi de 328 cidadãos.
Deste número, grande parte é de cidadãos de nacionalidade malawiana que pretendiam viajar para Moçambique com destino à África do Sul.
Os números foram anunciados hoje (06) pelo oficial de imprensa no Serviço provincial de Migração, em Manica, Abílio Mata, durante uma conferência de imprensa que tinha como objectivo anunciar a retenção, esta semana, de mais 18 cidadãos ilegais.
Mata explicou que os imigrantes ilegais retidos esta semana são de diversas nacionalidades e isto resulta de das acções de fiscalização levadas a cabo pela instituição com o auxílios de outros ramos das Forças de Defesa e Segurança.
“Destes cidadãos que retivemos esta semana, quatro são de nacionalidade queniana e cinco burundeses. Eles portavam guias de marcas falsificadas. Esta semana desencadeamos 21 acções de fiscalização. O maior número de imigrantes ilegais foi neutralizado nos postos de fiscalização de Inchope e Vanduzi”, explicou.
A fonte disse que informações em poder da instituição indicam que o grupo de 18 imigrantes pode ter entrado para o território moçambicano através das fronteiras das províncias de Tete (Zóbué) e Zambézia, na zona de Milange.
“Numa primeira fase podemos afirmar que uns usaram as fronteiras da província de Tete e outros através de Milange na Zambézia. Disseram-nos que tinha como destino a cidade de Maputo. Mas isso pode não constituir verdade. Sabemos que muitos destes cidadãos têm, como ambição, chegar à África do Sul”, explicou.
As estradas nacionais Número Um e Sete, na província de Manica, têm sido nos últimos tempos as vias mais preferidas pelos imigrantes ilegais que pretendem chegar a África do Sul, alegadamente a procura de melhores condições de vida.