
A cooperação bilateral entre Moçambique e Portugal vai ganhar um novo ímpeto com a assinatura ontem, em Maputo, de cinco instrumentos jurídicos nas áreas da educação, saúde, mudanças climáticas, cultura e turismo, defesa e soberania e Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs).
O acto foi testemunhado pelo Presidente da República, Filipe Nyusi e pelo Primeiro-ministro luso, António Costa, minutos após o término da 5ª Cimeira Bilateral Moçambique-Portugal, que decorreu sob o lema “Fortalecendo a Parceria Estratégica Rumo ao Desenvolvimento Sustentável”.
Rubricaram os referidos instrumentos a ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique e o seu homólogo português, João Gomes Cravinho, no âmbito de uma visita oficial de dois dias do Primeiro-ministro luso a Moçambique, iniciada quinta-feira.
Falando durante o evento, o Chefe de Estado moçambicano disse que a cooperação entre Moçambique e Portugal está a prosperar, daí a necessidade de alargar para vários domínios.
‘No âmbito nacional, vimos claramente que a nossa cooperação está a prosperar e a necessidade de alargar a cooperação bilateral. Aliás, estes instrumentos que aqui foram assinados são testemunhos disso e vão continuar também amanhã outros instrumentos o que significa que estamos a dar primazia a nossa cooperação e a trazer resultados concretos’, anotou.
Por sua vez, António Costa referiu que no âmbito da presente cimeira foi possível reforçar a cooperação bilateral entre os dois Estados nas áreas tradicionais de soberania como Defesa e Justiça, bem como nas áreas da saúde e educação.
‘No âmbito da 5ª cimeira pudemos reforçar aquilo que é o montante do próximo programa estratégico de cooperação 2022-2026 que funda a nossa parceria estratégica entre Moçambique e Portugal e está acima de 40 por cento das verbas dedicadas a projectos e acções que superarão a 90 milhões de euros’, salientou.
Durante a cimeira, os dois governantes passaram em revista a situação política, económica e social dos dois países e das respectivas regiões onde se encontram inseridas nomeadamente a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) e União Europeia.
Ambos governantes também trocaram impressões sobre assuntos da actualidade internacional e de interesse mútuo, no quadro da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) e das Nações Unidas.