A Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique garante para breve uma resposta positiva sobre o processo de financiamento para a realização das Eleições Autárquicas do próximo ano.
Segundo a CNE, foram criadas equipas que tem estado a trabalhar numa base semanal com o Ministério da Economia e Finanças, gabinete do ordenador nacional e com o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação no sentido de se encontrar uma fonte de financiamento que poderá ser o próprio Estado ou irá o governo recorrer aos doadores para que se possa superar esse défice.
“Neste momento, há promessas de que o governo poderá conseguir financiamento para o défice que nós temos. Conseguimos harmonizar os números sendo que, dos 2,2 mil milhões em falta, estamos agora em 1,9 mil milhões de meticais (um dólar equivale a cerca de 64 meticais ao câmbio do dia) e acreditamos que, proximamente, teremos uma resposta positiva”, disse o porta-voz da CNE, Paulo Cuinica que falava na última sexta-feira, em Maputo, durante uma conferência de imprensa.
Cuinica explicou que o processo de formação dos órgãos de apoio terá lugar de 1 a 17 de Outubro próximo, num processo que vai envolver a preparação e harmonização dos conteúdos a nível central e provincial e a capacitação dos distritos com autarquias.
Sobre o recenseamento piloto disse que o desejável seria que decorresse em tempo seco, mas, infelizmente, tudo indica que vai decorrer na época chuvosa devido, ainda, à falta de condições.
Entretanto, assegurou que o défice orçamental ainda não está a comprometer o prazo legal para a execução das actividades.
“Mas nem tudo está a correr mal pois, se estão recordados, o próprio recenseamento irá decorrer em tempo de chuva e, então, se o recenseamento piloto ocorrer na época chuvosa, quer dizer que estaremos mais preparados para encarar as condições adversas em que o recenseamento irá ocorrer. Podemos dizer que há um mal que vem por bem para nos prepararmos melhor”, disse.
Segundo a fonte, logo que as condições estiverem criadas, em tempo razoável, será possível realizar o recenseamento piloto e todas as correcções que forem necessárias, quer a nível do equipamento, software e mesmo a nível da componente mais importante que são os recursos humanos.
“Pois estes recursos humanos precisam se familiarizar com o equipamento, de modo a dar formação aqueles que vão, efetivamente, operar o equipamento”, frisou.
O recenseamento irá decorrer nas regiões sul, centro e norte, em alguns distritos com autarquias locais.