O Presidente da República, Filipe Nyusi, insta o Ministério do Interior (MINT) a aprimorar e adequar o seu modo de actuação no combate ao terrorismo, com vista a imprimir uma maior agressividade contra a nova táctica do inimigo, caracterizada pela formação de pequenos grupos dispersos nas zonas onde antes não se faziam sentir.
Nyusi, que é igualmente Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS), explica que por conta do regresso massivo das populações às suas zonas de origem surge um novo desafio que é a assistência humanitária e garantia de segurança pública nas zonas anteriormente afectadas pelo terrorismo.
“É neste sentido que o Ministério do Interior deve incrementar acções de perseguição e desmantelamento definitivo desses pequenos grupos que, de forma dispersa e causal, teimam em continuar a atacar as populações e destruir a nossa economia’, disse.
Nyusi falava segunda-feira, em Maputo, durante a abertura do 32º Conselho Coordenador do Ministério do Interior, evento de três dias que decorre sob o lema “Ministério do Interior, Aprimorando Estratégias Visando Defender a Soberania Nacional e Fortalecer a Segurança Interna, face aos Desafios do Terrorismo e Imigração Ilegal”.
O branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo é outro tipo legal de crime que também preocupa as autoridades moçambicanas.
Sublinhou que Moçambique está sob monitoria do Grupo de Acção Financeira (GAFI) no que se refere ao combate ao branqueamento de capitais, financiamento ao terrorismo e financiamento da proliferação de armas de destruição em massa e crimes conexos.
Advertiu que se Moçambique ignorar as recomendações do GAFI, e não houver melhorias nos aspectos identificados nos relatórios elaborados pelas equipas de avaliação, poderá resultar na aplicação de sanções ao país.
“Por isso, procurem robustecer a vossa actuação e sejam enérgicos na prevenção destes tipos de crimes que colocam em causa a nossa posição no concerto das nações. Neste sentido, instamos ao MINT, particularmente ao Serviço Nacional de Investigação Criminal a elaborar planos concretos que dêem respostas a este desiderato”, vincou.
A imigração ilegal, acrescentou Nyusi, continua a inquietar as autoridades, sobretudo pelo facto de estar associada à criminalidade organizada transnacional, incluindo o terrorismo daí que o sector deve aperfeiçoar os mecanismos de monitoria da circulação e fixação dos imigrantes em todo o território nacional.
Num outro desenvolvimento, Nyusi também exprimiu a sua preocupação com o elevado número de acidentes que se registam no país.
‘Tendo em conta a actual e preocupante situação da sinistralidade rodoviária no nosso país o impacto negativo das suas consequências sociais e económicas urge implementar medidas inovadoras, valorizando as experiências e boas práticas que tiveram sucessos noutras altitudes e latitudes sempre ajustadas ao nosso contexto de forma a fazer face a este fenómeno’, salientou.
Revelou que a maioria dos acidentes que ocorrem nas estradas moçambicanas resulta do comportamento humano, sobretudo, manifestado pelo excesso de velocidade, inobservância das regras de condução incluindo condução em estado de embriaguez.
Assegurou que como governo continuará de forma incessante a apoiar os sectores na busca de soluções internas e externas para a constante melhoria das infra-estruturas de forma a conferir maior comodidade e segurança nas vias rodoviárias e ferroviárias nacionais.