
MOÇAMBIQUE / HCM REGISTA SETE ÓBITOS DURANTE A QUADRA FESTIVA
Maputo, 27 Dez (AIM) – O Hospital Central de Maputo (HCM), a maior unidade sanitária de Moçambique, registou sete óbitos no período compreendido entre 24 a 26 do mês em curso, incluindo três por doença e quatro por acidentes de viação.
O facto foi avançado pelo médico chefe do Serviço de Urgência de Adultos do HCM, Justino Madeira, em conferência de imprensa, havida esta terça-feira (27), em Maputo.
“Em termos de resumo, tivemos uma quadra festiva bastante agitada com registo de sete óbitos no total. Uma diferença de dois em relação ao ano passado quando tivemos nove óbitos”, disse Madeira.
Explicou que quatro vítimas de acidentes de viação deram entrada na sexta-feira, dos quais dois ficaram internados, um acabou sendo óbito e outro teve alta.
Segundo a fonte, no total o HCM recebeu 83 pacientes vítimas de acidentes de viação, contra 65 em 2021, cifra que corresponde a uma subida de 28 por cento.
Madeira sublinhou que o dia de Natal foi marcado por uma entrada massiva de vítimas de acidentes diversos.
“A quadra festiva foi caracterizada por muitos casos de trauma com destaque para os acidentes de viação, agressões físicas e quedas, com um total de 576 pacientes entrados, dos quais 320 entraram por doença e 256 por trauma”, anotou.
A fonte avançou que o HCM registou 52 vítimas de queda, contra 36 do ano passado, e 52 vítimas de agressões físicas contra 42 referente a 2021.
Já os Serviços de Urgências de Pediatria, Bloco Operatório, assim como os Serviços de Urgência de Ginecológica e Obstetrícia registaram um movimento ligeiramente calmo.
Num outro desenvolvimento, Madeira lamentou o registo de cinco vítimas de agressões físicas, com destaque para violência doméstica.
Uma das vítimas, 27 anos de idade, entrou na unidade sanitária em estado de gravidez, com 20 semanas de gestação e recebeu os cuidados na ginecológica e obstetrícia e acabou tendo alta.
“Tivemos muitos casos de agressões físicas caracterizados principalmente por violência doméstica num número de cinco, o que é preocupante”, lamentou.
(AIM)
Leonel Ngwetsa (LW) /sg