O Presidente da República, Filipe Nyusi, disse este sábado (18) que o mundo reconhece a experiência de Moçambique em lidar com conflitos armados, através de processos de negociação, construção e consolidação da paz.
O estadista falava a jornalistas na noite deste sábado, em Maputo, fazendo um balanço da sua participação na abertura da 36ª Cimeira da União Africana (UA), um evento de dois dias que decorre em Adis Abeba, capital da Etiópia, sob o lema: Acelerando o Comércio Livre em África.
“Apresentámos a nossa experiência em lidar com conflitos armados, assim como lidar com o processo de construção e consolidação da paz. As pessoas, presentes no encontro, acompanham a realidade de Moçambique, mas precisavam de ouvir de nós sobre o que está a acontecer no país”, disse Nyusi.
De acordo com o estadista, a experiência de Moçambique foi tomada como referência “que deve ser capitalizada mas, sobretudo, replicada.”
“Devemos ser pessoas que valorizam a nossa própria experiência. A mesma é reconhecida, agora depende de nós, vender o produto nacional. Os países reconhecem que fazemos bem as coisas [negociação da paz e conflitos armados]”, afirmou.
O Chefe do Estado foi obrigado a interromper a sua participação na cimeira com o objectivo de retornar a Moçambique para monitorar a situação decorrente da contínua queda de chuvas intensas em várias regiões do país, assim como monitorar os efeitos do ciclone FREDDY que, segundo previsões, poderá fazer-se sentir no país.
No seu lugar, o estadista delegou o Ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno.
Falando à margem da cimeira, Moreno disse a jornalistas que Moçambique acelera o passo para integrar a Zona de Comércio Livre, a partir de 2024.
“Hoje, no mundo, não vale a pena pensar que se corre sozinho. A Zona Económica Livre Africana é uma das maiores do mundo, representando cerca de 1,3 biliões de clientes”, disse o ministro, acrescentando que “nós não podemos perder esta chance.”
Para Moreno, fazer parte da Zona de Comércio Livre constitui uma grande vantagem para Moçambique, “sobretudo pela possibilidade de pormos os nossos produtos agrícolas no mercado africano, sem qualquer tipo de direito, sem custos extra e sem taxas.”
“Há possibilidade de melhorarmos o nosso potencial, tendo em conta que temos uma localização geográfica estratégica”, sublinhou.
(AIM)
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