
Abu Dhabi, 22 Fev (AIM) – O Instituto de Pesquisa em Mudanças Climáticas dos Emirados Árabes Unidos (EAU) defende que o mundo deve encarar as mudanças climáticas com acções práticas e concretas, que incluem esforços e contribuições da mulher.
O posicionamento foi defendido na manhã desta quarta-feira (22), em Abu Dhabi, pela Presidente do Instituto de Pesquisa em Mudanças Climáticas dos Emirados Árabes Unidos (EAU), Sheika Shamma, durante o seu discurso proferido no Simpósio Global da Mulher 2023.
O evento, que decorre sob o lema “O papel das lideranças femininas no estabelecimento da paz, da integração social e na condução da prosperidade”, marca o 100º aniversário do direito de voto das mulheres.
“As mudanças climáticas, que têm abalado o mundo, precisam de respostas concretas que incluem a participação das mulheres”, disse
De acordo com a presidente, as mulheres têm sabido empreender esforços para fazer face aos diferentes conflitos, incluído pandemias e mudanças climáticas.
“As mulheres, de todo o mundo, têm contribuído na luta contra diversos desafios. Viu-se essa luta recentemente aquando do combate à Covid-19″, disse.
Em poucos anos, assegurou a presidente, os Emirados Árabes Unidos” conseguiram fazer o que muitos países, em 40 anos não conseguiram. Isso porque acreditamos na mulher e na sua contribuição para a economia do país.”
A mulher nos Emirados, acrescentou Shamma, ocupa posições influentes, seja no governo, nas instituições de justiça, assim como no sector da engenharia.
“Conseguimos empoderar as mulheres em todos os sectores”, sublinhou.
Por sua vez, a pesquisadora da Universidade de Líbano, Mona Fayade, disse que ser imperioso investir nas economias verdes, tendo em conta a promoção de oportunidades laborais para as mulheres.
“Investir na mulher é combater a pobreza. Deve-se investir na mulher em todos os sectores, seja no comércio formal ou informal”, disse a pesquisadora, acrescentando que as economias verdes devem ser a solução para a actual crise climática.
“As mulheres devem acreditar em si mesmas. Elas devem pensar fora da caixa, saber lidar com os desafios diários, num mundo de desigualdades”, sublinhou.
Já a deputada do parlamento camaronês, Hassana Nourane, destacou a importância da filantropia na promoção e patrocínio da educação das mulheres.
“Não é justo deixar o desenvolvimento apenas nas mãos dos filantropos. Os governos devem originar soluções para engajar as mulheres em todas as vertentes, principalmente no campo científico”, afirmou a deputada
“Outra forma de combater a pobreza das mulheres reside no investimento de iniciativas de auto-emprego”, sublinhou.
Os organizadores salientam que já é chegada a altura para um debate global envolvendo decisores, académicos, activistas e profissionais, para partilhar perspectivas, experiências e soluções para a liderança das mulheres em questões como a desigualdade de género, violência doméstica, e descriminação entre sexual.
Participam no evento, de dois dias, líderes religiosos, empresários, activistas sociais, personalidades culturais, celebridades dos meios de comunicação, e académicos de mais de 100 países.
Oradores e participantes irão abordar uma multiplicidade de lutas enfrentadas pelas mulheres neste momento crítico da história humana e encontrar formas de construir pontes de paz, inclusão e prosperidade entre as comunidades.
(AIM)
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