
Chairperson of the National Disaster Management Institute (INGD) chairperson, Luisa Meque, visits accommodation centre in the southern province of Maputo.
Maputo, 25 Fev (AIM) – O Instituto Nacional de Gestão e Redução de Riscos de Desastres (INGD) apela as vítimas das cheias na província meridional de Maputo, em Moçambique, para não abandonarem os centros de acomodação, onde se encontram abrigadas, sem orientação prévia das autoridades competentes.
O apelo surge pelo facto de se constatado vários casos de pessoas que estão a sair dos centros de acolhimento para se abrigarem em casa de familiares pelo facto de as suas residências terem ficado inundadas devido a subida do caudal dos rios na província de Maputo.
Falando no término de mais uma sessão do Comité Operativo de Emergência na cidade de Xai-Xai, capital da província meridional de Gaza, a presidente do INGD, Luísa Meque, explicou que face a previsão para a ocorrência de mais chuvas para a região sul do país recomenda-se as pessoas afectadas para evitarem regressar às zonas propensas a cheias e inundações.
Referiu que cerca de oito mil pessoas ainda se encontram nos centros de acomodação na província de Maputo. “Este número está a baixar porque algumas pessoas estão a retirar-se para as casas dos familiares”.
Acrescentou que o INGD ainda não instruiu as pessoas a abandonar os centros de acolhimento, pois ainda existe o risco da ocorrência de chuvas intensas na região sul.
“Em jeito de precaução nós recomendamos as pessoas para que continuem a espera até que realmente esta onda passe”, disse.
A porta-voz do INGD na província de Maputo, Nelma de Araújo, também fez o mesmo apelo durante o programa Linha directa da Rádio Moçambique, emissora nacional.
De Araújo reportou que há previsão de mais chuvas na cidade e província de Maputo, Inhambane e Gaza, daí a importância de prudência e cautela ao tomarem a de decisão de regressarem às suas zonas de origem.
“Sabemos que ainda vai chover ainda a nível da cidade de Maputo, pode ainda chover em Inhambane, Sofala e Gaza, então nós não podemos fazer uma avaliação rápida e decidir regressar para casa pois podemos pôr em risco as nossas vidas”, advertiu.
“Recomenda-se que as pessoas tenham um pouco mais de cautela e aguardem por uma informação das estruturas competentes para poderem regressar as suas casas”, acrescentou.
A porta-voz referiu que o INGD já se tinha antecipado e há muito tempo que estava a trabalhar no sentido de assistir as vítimas das cheias e, para o efeito, fez o reposicionamento de alguns meios em devido tempo, incluindo bens alimentares e não alimentares.
“Sabemos que todos nós temos o anseio e a necessidade de regressar às nossas casas onde nos sentimos melhor, onde nos sentimos mais seguros. Mas este não é o momento recomendado. As estruturas locais e oficiais irão informar as famílias se já podem ou não regressar para as suas casas”, avançou.
Até ao momento contabiliza-se cerca de 14 mil pessoas vítimas de calamidades naturais no país que estão a ser assistidas pelo INGD em diferentes centros de acomodação
(AIM)
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