Danos causados pela passagem da tempestade tropical "Freddy"
Maputo, 24 Fev (AIM) – O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) levantou, no início da tarde desta sexta-feira (24), a proibição para a navegação marítima do Canal de Moçambique, que havia sido imposta como medida de prevenção nas regiões abrangidas pela passagem da tempestade tropical moderada “Freddy”.
Segundo INAM, a medida tinha em vista a salvaguardar a vida humana no mar. Aliás, diz que já não existe áreas de risco, mas alerta para a ocorrência de chuvas fracas a moderadas acompanhadas de trovoadas.
O meteorologista do INAM, Gélcio Manjate, confirmou a Rádio Moçambique, emissora nacional, que o sistema entrou na tarde desta sexta-feira na província de Inhambane estando neste momento a enfraquecer.
“A tempestade tropical severa ‘Freddy’ entrou na parte continental da província de Inhambane, através do distrito de Vilankulo, na tarde de hoje com a ocorrência de ventos muito fortes na ordem dos 90 a 100 quilómetros por hora”, disse Manjate.
“Neste momento a tempestade encontra-se na província de Inhambane e já não constitui um perigo para a navegação marítima no Canal de Moçambique, no alto mar, entre as latitudes 20 a 25 graus sul”, acrescentou.
Contudo, segundo a fonte, as previsões apontam para a continuação da ocorrência de chuvas no Canal de Moçambique.
Referiu que é de esperar a ocorrência de vento fraco a moderado no Canal de Moçambique. Já para a parte continental das províncias de Inhambane e Gaza prevê-se a continuação de chuvas em regime moderado a forte e localmente muito forte.
Entretanto, um balanço preliminar aponta para a destruição total ou parcial de 24 salas de aula e duas unidades sanitárias nos distritos de Inhassoro, Vilanculo, Govuro e Masssinga.
O facto foi confirmado pelo director regional sul do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), Cândido Mapute.
A fonte diz que o número reduzido de danos deve-se as fortes campanhas de sensibilização sobre a necessidade da observância das medidas de prevenção, incluindo o reforço dos tectos das suas residências.
“A nível da província de Inhambane até então ainda não tivemos o reporte de danos humanos só tivemos o reporte de danos materiais, isto quer dizer que não tivemos nenhum morto e nenhum ferido”, disse Mapute.
“Esses dados de zero mortos e zero feridos é graças ao trabalho que vínhamos fazendo de mobilização das famílias”, acrescentou.
Segundo a fonte, também contribuiu a interdição da circulação de pessoas, um pouco antes da ocorrência do ciclone o que forçou os cidadãos a permanecerem em casa e outros locais seguros.
(AIM)
sg
