Maputo, 26 Fev (AIM) – A Tempestade Tropical “Freddy” que, desde a tarde de sexta-feira, está a devastar as regiões centro e sul de Moçambique já afectou mais de 57 mil pessoas anunciou, hoje, o Centro Nacional Operativo de Emergência (CENOE).
“O sistema que afectou o nosso país e que, neste momento, se encontra estacionário, o ciclone Freddy, causou um impacto em cerca de 57.200 pessoas que corresponde a um universo de 11.500 famílias. Estes são dados preliminares que recebemos até ao momento”, disse o porta-voz do CENOE, Paulo Tomás.
O CENOE estava reunido na cidade de Xai-Xai, um evento que dirigido pela presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução de Riscos de Desastres, (INGD), Luísa Meque e que tinha por objectivo fazer uma avaliação da presente época ciclónica.
No que concerne aos danos de infra-estruturas, Tomás disse que “estamos a falar de 6.810 casas que ficaram parcialmente destruídas e 780 totalmente. Houve também impacto noutros sectores, estamos a falar da educação, estradas e energia portanto são dados que ainda estamos a compilar estamos, que recebemos das províncias”.
A fonte manifestou a sua satisfação com a previsão de tempo que indica uma redução nos níveis de precipitação nos próximos dias.
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Segundo Tomás, o INGD está assistir actualmente um total de 18.147 pessoas que se encontram nos centros de acomodação com a provisão de bens alimentares, água, saneamento e assistência sanitária.
Num outro desenvolvimento, a empresa Electricidade de Moçambique (EDM) anunciou hoje, em comunicado, que 15.000 clientes ficaram sem energia eléctrica devido ao “Freddy” que atingiu sábado a cidade da Beira e a região sul da província de Sofala, destruindo várias infra-estruturas eléctricas.
Como consequência deste fenómeno verificaram-se cortes e oscilações de energia eléctrica durante a tarde e noite no sábado, mantendo-se sem corrente eléctrica 12.000 clientes que recebem energia a partir das subestações da Munhava, na cidade da Beira e Inchope, na província de Manica.
Equipas técnicas da EDM estão no terreno, intervindo na rede para a reposição gradual do sistema.
Adverte, porém, que as condições atmosféricas desfavoráveis a inacessibilidade de alguns locais têm sido os maiores obstáculos e concorrem para a demora na reposição do fornecimento da corrente eléctrica.
Já na vizinha província de Inhambane todas as linhas foram restabelecidas com excepção da Linha Funhalouro–Ndidiza, cujos trabalhos continuam no terreno. Estima-se que 3.000 consumidores continuam sem corrente eléctrica.
Importa referir que, apesar dos danos causados pelas intempéries, as Linhas de Alta Tensão e Subestações, a nível nacional, estão estáveis.
(AIM)
sg