Maputo, 28 Fev (AIM) – A Administração Nacional de Estradas (ANE) anunciou hoje a paralisação imediata de todos os trabalhos na construção da nova ponte sobre o Rio Save, e evacuação do local das obras dos trabalhadores, materiais e equipamento instalado na província de Inhambane, sul de Moçambique.
A ANE suspendeu imediatamente o trânsito na ponte provisória no desvio sobre o Rio Save pelo facto de o nível das águas inviabilizar a integridade estrutural da infra-estrutura e, por via disso, a segurança dos utentes.
Assim, o tráfego sobre a ponte suspensa do Rio Save deverá observar as medidas em vigor antes do início das obras que consistiam na limitação do peso até 35 toneladas por veículo.
Os veículos devem também obedecer os limites de carga admissíveis por eixo ou grupo de eixos, bem como a passagem sobre a ponte de um veículo pesado de cada vez.
A ANE decidiu também criar espaços nos lados sul e norte da ponte sobre o Rio Save que tenham condições para a transladação ou baldeamento da carga em excesso para outros veículos.
As medidas visam mitigar os efeitos catastróficos decorrentes da subida do caudal do Rio Save, “face às chuvas intensas que caíram na região sul do país nos últimos dias, aliadas às descargas que ocorrem nos países vizinhos à montante”.
A ANE accionou um plano de contingência da obra do âmbito da reabilitação da ponte suspensa sobre o Rio Save e da construção da nova ponte.
“A ANE, IP lamenta possíveis transtornos que possam advir desta situação e apela reiteradamente aos utentes das estradas em geral para a programação das deslocações e transporte de passageiros com observância redobrada das medidas de precaução vigentes em épocas chuvosas e em locais de fraca visibilidade”, lê-se na nota.
Os utentes devem tomar medidas acauteladas sobretudo em locais alagados e na aproximação de estruturas de drenagem.
Desde início do mês de Fevereiro que a região sul de Moçambique regista chuvas intensas que chegam a atingir 200 milímetros em 24 horas, o que torna as principais vias de alguns distritos da província de Maputo intransitáveis.
As chuvas intensas afectaram mais de 39 mil pessoas, tendo causado 14 mortes e destruições de escolas, centros de saúde, e outras infra-estruturas.
(AIM)
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