Maputo, 01 Mar (AIM) – O governo nipónico alocou 7,6 milhões de dólares como apoio adicional ao projecto de empoderamento de jovens e construção da paz em situações de conflito nos distritos de Ancuabe e Metuge, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
O projecto visa também reforçar competências educativas no seio das crianças e jovens, e centra-se em três áreas-chave, nomeadamente, prestação de serviços, mudanças de comportamento social e criação de um ambiente propício reforçando ao mesmo tempo os sistemas e mobilizando as comunidades.
O projecto deverá atingir mais de 170 mil pessoas.
Sob a liderança do governo moçambicano, e com a coordenação das principais instituições nacionais, o apoio do Japão será implementado através de cinco entidades da ONU.
O evento, que teve lugar em Maputo, contou com a participação do embaixador do Japão em Moçambique, Kimura Hajime.
O valor foi canalizado às agências das Nações Unidas baseadas no país, um acto testemunhado pelo Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH).
Falando durante o acto, a representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em Moçambique, Maria Luisa Fornara, explicou que o apoio desempenhará um papel importante, numa altura em que o país enfrenta múltiplas crises, exigindo uma assistência imediata, bem como investimento a longo prazo.
Com as crescentes necessidades humanitárias, particularmente em áreas do norte de Moçambique, afectadas por conflitos, onde ainda prevalecem limitações nas deslocações devido a insegurança, o UNICEF, segundo Fornara, está a utilizar suas capacidades trans-sectoriais para implementar programas que integram elementos humanitários.
“Graças ao apoio fornecido pelo governo do Japão, a UNICEF, juntamente com os parceiros, trabalhará para reforçar o apoio às mulheres com bebés pequenos e crianças, fornecendo-lhes aconselhamento e apoio em comportamentos de bem-estar fundamentais, incluindo melhores práticas de amamentação e alimentação complementar”, afirmou.
Sublinhou que a assistência terá como foco o reforço da capacidade de identificação e gestão de doenças dos recém-nascidos, infantis, incluindo a malária.
Já o representante do Fundo das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), Paul Gomis, disse que o projecto irá contribuir para a implementação do programa de resiliência e desenvolvimento integrado do norte.
Segundo Gomis, a acção deve concorrer para o desenvolvimento sustentável e dar uma resposta à necessidade de empoderamento e criação de “oportunidades económicas para jovens em distritos de Ancuabe e Metuge”.
“A UNESCO reitera o apoio na implementação deste plano, através do Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano, secretária do Estado da Juventude e Emprego, Ministério da Cultura e [Turismo] e outros actores relevantes”, disse.
(AIM)
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