Maputo, 02 de MAR. (AIM) – As chuvas intensas que caem desde a primeira semana de Fevereiro, na cidade de Maputo, já provocaram a morte de pelo menos cinco pessoas e afectaram directamente outras 33 mil na capital moçambicana.
As autoridades também estimam que cerca de 1.500 pessoas, o que corresponde a cerca de 350 famílias, encontram-se abrigadas em centros de acomodação activados nos distritos municipais Ka Mavota, Ka Mubukwana e Ka Tembe.
Os dados foram partilhados, hoje em Maputo, pelo edil de Maputo, Eneas Comiche, durante o lançamento da plataforma de Diálogo Sobre o Ambiente, promovido pelo Ministério da Terra e Ambiente.
Comiche explicou que o lançamento da Plataforma de Diálogo surge num momento em que a preocupação pela segurança das pessoas, bens e infra-estruturas públicas e privadas é cada vez maior como resultado das mudanças climáticas.
Por isso, acrescenta, “o Conselho Municipal aceitou o convite a este diálogo para poder beneficiar da experiência de outros actores em matéria de boas práticas de gestão do ambiente e na perspectiva que toca a cidade de Maputo, suas características geográficas, sócio-demográficas e de relacionamento entre o Homem e a natureza”.
O edil reconhece que o crescimento da população e a procura por espaços para habitação e outros empreendimentos reduziu consideravelmente as zonas verdes.
“Por sua vez, prejudicou a qualidade do ar, pressionou os serviços de saneamento do meio e infra-estruturas, além de acarretar problemas de saúde pública”, acrescentou.
Por isso, o edil diz que o município assume alguns desafios, tais como conservar e ampliar as áreas verdes nos espaços urbanos, praças, parques e jardins; e melhorar a implementação dos instrumentos de ordenamento territorial e de gestão dos espaços públicos como um imperativo do desenvolvimento sustentável no meio urbano.
Comiche garante que, em paralelo a estas acções, são promovidas actividades de educação ambiental, incluindo campanhas de limpeza nos bairros, praias, mercados, escolas e vias públicas; e plantio de árvores nas artérias da cidade.
(AIM)
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