Maputo, 01 Mar (AIM) – A Primeira-dama de Moçambique, Isaura Nyusi, afirma que a inclusão digital da mulher no país ainda constitui um grande desafio, particularmente nas regiões rurais.
Para melhor ilustrar cita o último censo populacional segundo o qual apenas 22,4 por cento de mulheres são detentores de telefone celular, comparando com 30,8 por cento de homens.
Deste número “somente 5,3 por cento de mulheres fazem uso da internet, comparativamente a 8,1 por cento de homens, influenciada pela menor difusão da internet, com apenas 10 por cento ao nível de todo o país”.
Segundo a Primeira-dama, esta situação tem reflexos negativos nos níveis da inclusão digital no país.
Por isso, afirma Isaura Nyusi, Moçambique tem como desafios incontornáveis a curto e médio prazos, expandir o uso das tecnologias de informação e comunicação, nas zonas rurais, através do acesso a internet, disponibilidade da electricidade, computadores, telefones móveis e capacitação das mulheres e raparigas para o seu manuseio.
Esta asserção da Primeira-Dama, Isaura Nyusi, vem expressa na sua mensagem enviada à AIM, por ocasião do lançamento, hoje, do mês da Mulher, que se celebram sob o lema “Inclusão Digital: Inovação e Tecnologia para a Promoção da Igualdade de Género”.
O Mês da Mulher vai culminar com as celebrações do 07 de Abril próximo, Dia da Mulher Moçambicana.
Acresce a estes desafios, a fraca capacidade da mulher de suportar os custos de conectividade, por exiguidade de dinheiro.
Outros desafios incluem continuar a assegurar o acesso e retenção das raparigas na escola, eliminar as uniões prematuras, violência doméstica e baseada no género, bem como outros factores que limitam o pleno gozo dos direitos da mulheres e raparigas.
Refira-se que Moçambique ratificou a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher; a Declaração de Beijing e sua Plataforma de Acção; Agenda 2030 e o Protocolo da SADC sobre Género e Desenvolvimento.
O início das comemorações do Mês da Mulher ocorre num momento crítico em que mais uma vez, o país é assolado pelos desastres naturais que afectam as populações, colocando-as em situação de vulnerabilidade.
“Por esta razão, devemos fazer da celebração do Mês da Mulher um momento de solidariedade, confortando os nossos irmãos afectados por esta intempérie expressando todo o nosso carinho”, exorta a Primeira-dama.
(AIM)
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