
Comboio dos CFM
Maputo, 03 Mar (AIM)- A empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) poderá introduzir, brevemente, um comboio de passageiros, ligando Cuamba, na província nortenha moçambicana do Niassa, à Liwonde, sul do Malawi.
Para o efeito, estudos de viabilidade estão em curso para apurar a rentabilidade da nova rota, que não só vai facilitar a movimentação de pessoas e bens, mas também as trocas comerciais entre os dois países.
As condições para a introdução de transporte de passageiros a partir de Cuamba até Entre-Lagos com destino à Liwonde, no Malawi, estão criadas, pois os dois países já estão ligados por via ferroviária, estando neste momento em circulação comboios de carga.
Em entrevista à Rádio Moçambique, o Presidente do Conselho de Adminstração dos CFM, Miguel Matabel, disse igualmente estar em estudo o início da circulação de comboios de passageiros na linha Nacala- Malawi, sendo determinantes para tal, o fluxo de passageiros e a disponibilidade da linha.
Entretanto, Miguel Matabel afirma serem remotas as possibilidades de introdução de um comboio de passageiros ligando Moatize, na província central moçambicana de Tete, à Malawi, através da linha de Nacala.
Sabe-se que além do corredor de Nacala que liga Moçambique e Malawi, está igualmente em construção a linha férrea que vai ligar a Vila Nova da Fronteira, em Mutarara, na província de Tete, à Malawi, cujas obras já estão concluídas do lado moçambicano, desde o ano passado.
Orçado em 30 milhões de dólares norte-americanos, fundos próprios do CFM, o ramal Dona Ana-Vila Nova de Fronteira, é parte da linha férrea de Sena, espinha dorsal da região centro do país e do Vale do Zambeze.
Entretanto, o Malawi está a acelerar as obras de reconstrução dos 72 quilómetros da linha-férrea que liga Nsanje a Mutarara.
Os dois países pretendem retomar este ano o transporte de carga via linha férrea, da Vila Nova de Fronteira, em Mutarara, partindo do Porto da Beira, centro de Moçambique, volvidos 37 anos de paralisação.
Numa primeira fase, os comboios de carga partindo do Porto da Beira irão até Marka, no Malawi, onde farão o descarregamento no porto seco que já está em construção.
Deste ponto, a carga será transportada por camiões até à cidade comercial de Blantyre, num percurso de cerca de 200 quilómetros, encurtando assim a distância de 900 quilómetros que é percorrida via Tete- Chimoio, até à cidade da Beira.
(AIM)
FF