Maputo, 05 Mar (AIM) – O governo moçambicano vai enviar, nas próximas duas semanas, a capital da Arábia Saudita, Riade, uma missão técnica da Agência para a Promoção de Investimento e Exportação (APIEX) para materializar os entendimentos alcançados durante a visita de trabalho do Chefe do Estado, Filipe Nyusi, àquele país asiático.
A visita, que iniciou na sexta-feira (03), terminou este domingo (06).
Falando este domingo, em Riade, em conferência de imprensa destinada a fazer o balanço da visita, Nyusi apontou diversos interesses sócio-económicos dos sauditas no âmbito do investimento no solo moçambicano, destacando sectores de energias eólica, hídro, solar, renovável e à gás, incluindo de aviação civil, turismo, telecomunicações e portos.
“Os meus ministros, os meus vice-ministros, os técnicos, como eu disse, reuniram na especialidade onde detalharam a cooperação”, disse.
Durante a visita, Nyusi abordou também a construção de complexos desportivos em Moçambique, com o investimento saudita, incluindo a industrialização e a produção de fertilizantes.
Sobre a agricultura, há interesse em os sauditas investirem na produção de feijões e soja.
Destacou também a construção em Moçambique de um Centro Cultural Islâmico, como forma de harmonizar a cooperação entre os dois países.
“Deixamos claro que vamos, dentro de 15 dias, enviar uma missão da APIEX para aqui para vir introduzir os assuntos. Eles [os saufitas] querem ir à Moçambique depois de saber o que vão fazer e com quem dialogar”, disse Nyusi.
Reconheceu a presença de empresas sauditas em muitos países do mundo e, portanto, “transportam uma enorme vantagem para cooperar com eles”.
“A Arábia Saudita quer entrar em África, sobretudo na África Austral, e ve Moçambique como uma das janelas de entrada”, disse Nyusi.
Nyusi fez saber que, brevemente, os moçambicanos poderão sentir o impacto da visita que efectuou aquele país, porque “eles acreditam em nós e os actos que nós viemos apresentar devem ser capitalizados”.
Nesta visita, Nyusi fez-se acompanhar pelos ministros da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia; das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita; na Presidência para Assuntos da Casa Civil, Constantino Bacela, bem como dos vice-ministros dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuel Gonçalves, da Economia e Finanças, Amílcar Tivane, dos Recursos Minerais e Energia, António Saíde, da Saúde, Ilesh Jani, bem como de quadros da Presidência da República e de outras instituições do Estado.
(AIM)
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