Maputo, 05 Mar (AIM) – O governo de Moçambique manifestou abertura para criar oportunidades de empregos para moçambicanos no Qatar.
A informação foi dada pelo Primeiro-Ministro moçambicano, Adriano Maleiane, durante a visita que efectuou a Embaixada de Moçambique no Qatar, à margem da 5ª Conferência das Nações Unidas sobre os Países Menos Avançados (PMAs), que decorre em Doha, Qatar.
Com a abertura recentemente da Embaixada de Moçambique no Qatar, Maleiane entende que está aberto mais espaço para outros acordos entre os dois países, criando-se assim também mais oportunidades de emprego para moçambicanos.
“A nível do governo, há sempre essa disposição, mas com a Embaixada vamos trabalhar para ter outros acordos que são importantes para, pelo menos, termos a comunidade moçambicana que vem no quadro legal que é para ter as garantias todas asseguradas. A Embaixada está aqui também para isso, e eu acho que [Qatar] é um bom lugar para trabalhar”, disse.
Há moçambicanos que trabalham naquele país asiático. Eles estão na aviação civil, hotelaria e outras áreas. Pelo menos 80 por cento deles está na indústria de alumínio.
“Fiquei impressionado. Eu não tinha ideia de que nós temos aqui moçambicanos que vieram de forma profissional e é bom saber que nós estamos a dar a nossa contribuição no país dos outros, e sempre fica a marca”, acrescentou.
A comunidade moçambicana residente no Qatar manifestou satisfação pela abertura da Embaixada de Moçambique naquele país, e assegura que aquele Estado representa uma boa oportunidade para o emprego.
O representante da comunidade moçambicana, Dickson Mussane, disse que os moçambicanos naquele país estão estáveis.
“Falando de mim, estou aqui há 13 anos, e a maior parte dos moçambicanos está aqui há 13, 10 anos; estamos a viver bem, não temos tido muitos problemas. Antes tivemos problemas de documentação, porque não tínhamos Embaixada aqui, mas desde o ano passado que se criou esta Embaixada é aqui onde tratamos os nossos documentos”, vincou.
Mussane afirmou que a instalação da Embaixada no Qatar encurtou distâncias, sobretudo para registos e notariado.
“Quando eu tive o meu filho, tive que recorrer a outros países para conseguir registar. Para a documentação como B.I. [Bilhete de Identidade], passaporte, procuração, tínhamos que fazer fora daqui do Qatar”, afirmou.
Acrescentou que a maior parte dos moçambicanos trabalha para a Qatar Aluminium (Qatalum).
“Somos 80 por cento dos moçambicanos que estamos aqui no Qatar Aluminium. A segunda maior empregadora é a Qatar Airways. Um e outro que está a trabalhar em hotéis”, vincou.
No Qatar vivem 354 moçambicanos, dos quais 96 são trabalhadores e os restantes familiares destes.
(AIM)
Ac/FF