Maputo, 12 Mar (AIM) – O Banco Mundial revelou que a economia moçambicana acelerou 4,1 por cento em 2022, liderada pelos sectores de agricultura e serviços que contribuíram com 60 por cento do crescimento total registado, fruto da melhoria da produtividade e fornecimento de serviços.
Destacam-se no topo das causas os investimentos em insumos, desde 2019, tais como sementes melhoradas, irrigação e maquinaria que impactaram positivamente no aumento dos índices de produção e produtividade e os serviços privados que cresceram quatro por cento contra um por cento de 2021.
Os dados constam da actualização económica de Moçambique feita pelo Banco Mundial referente a 2022, na qual faz uma abordagem exaustiva sobre o papel dos serviços no crescimento económico e geração de emprego em Moçambique
“Os serviços e agricultura foram responsáveis por 60 por cento do crescimento total registado em 2022, reflectindo, em grande parte, a retoma total da mobilidade e a melhoria da produtividade agrícola”, lê-se na abordagem do Banco Mundial.
Os dados indicam ainda que o comércio, transporte e hotelaria melhoraram o desempenho, mesmo partindo de uma base deficitária, apontando que até os serviços públicos, como a educação e protecção social, contribuíram para o bom desempenho.
No cômputo geral, as avaliações do banco apontam que o aumento da procura externa e os preços das principais exportações, nomeadamente o carvão e o alumínio contribuíram para a recuperação positiva da economia moçambicana em 2022, num contexto global exigente.
O sector da indústria extractiva com 0,7 pontos percentuais, atrás da agricultura com 1,2 pontos percentuais, também jogou papel chave no crescimento da economia nacional, com registo de duplicação do volume das exportações em Setembro, onde o carvão e alumínio aumentaram suas exportações na ordem de 180 por cento e 50 por cento, respectivamente.
A análise salienta que no mesmo ano, Moçambique exportou o seu primeiro GNL (gás natural liquefeito), dando assim apoio à recuperação económica após um período de incerteza por conta da pandemia da Covid-19.
(AIM)
Paulino Checo (PC)/mz
(AIM)