
Trabalhos de reabilitação de estradas. Foto arquivo
MAPUTO, 10 Mar (AIM) – O Banco Mundial (BM) formalizou com o governo de Moçambique a subvenção avaliada em cerca de 400 milhões de dólares, para apoiar a reabilitação de um troço de aproximadamente 508 quilómetros da Estrada Nacional Número Um (N1), na região centro e norte do país.
O projecto visa melhorar a conectividade, segurança e resiliência climática do sistema rodoviário, e desenvolver a inclusão social, além de tornar as estradas seguras para uma melhor integração económica em Moçambique.
Assinaram o acordo, a vice-presidente regional para África Oriental e Austral do BM, Victoria Kwakwa, e o ministro moçambicano de Economia e Finanças, Max Tonela, numa cerimónia que teve lugar, esta sexta-feira (10), em Maputo.
Testemunhou a assinatura, o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, e a directora do BM para Moçambique, Madagáscar, Ilhas Maurícias, Comores e Seychelles, Idah Pswaray-Riddihough.
Falando após a assinatura dos documentos, Mesquita anunciou que o troço com transitabilidade mais difícil da N1 compreende uma extensão de cerca de 1.050 quilómetros, de cerca de 2.600 quilómetros de extensão total da N1, que liga o país do sul ao norte.
Tratando-se de uma abordagem desenhada em três fases, no qual serão implementados contratos baseados em resultados do desempenho, Mesquita afirmou que o projecto vai durar 10 anos, sendo dois anos de construção e oito anos de manutenção.
De acordo com a identificação de troços críticos registados em toda a extensão da N1, o ministro disse que cada troço tem o seu respectivo custo e duração.
Na fase 1, o Executivo vai intervir em 508 quilómetros, dos 1.050 quilómetros bastante críticos e compreende os troços Inchope-Gorongosa, na província central de Sofala, Chimuara-Nicoadala (central da Zambézia) e Metoro-Pemba (Cabo Delgado).
O governante disse que após terminar a fase 1, segue imediatamente a fase 2, que compreende o troço rio Lúrio-Metoro (Cabo Delgado); rio Save-Muchungwè (Sofala) e Muchungwe-Inchope (Sofala).
A fase 3, inclui o troço Pambara-rio Save (província meridional de Inhambane).
Mesquita disse que, recentemente, o Ministério aprovou um plano de licitação, um documento com modelos de contratação de empresas de consultoria para elaboração de projectos conceptuais, documentos de concurso para a contratação dos empreiteiros e dos fiscalizadores das obras.
Por seu turno, Kwakwa afirmou que o programa se destina a reabilitar troços críticos para acelerar a conectividade entre as províncias moçambicanas, do norte ao sul.
Nos próximos dez anos, o BM, segundo Kwakwa, vai injectar cerca de 850 milhões de dólares para financiar a reabilitação do troço de 1.053 quilómetros da N1, como forma de apoiar a visão governamental.
“Em última análise, trata-se dos benefícios que proporcionam ajuda ao povo de Moçambique, e a N1 vai promover a actividade económica, bem como a inclusão dos muitos que dela dependem, mas também sabemos que com as alterações climáticas temos de construir melhor, garantindo a resiliência ao próximo, e aos desastres que certamente hão-de vir”, disse.
A visita da vice-presidente do BM para a África Oriental e Austral, a primeira a Moçambique desde que assumiu o cargo de vice-presidente da instituição para a região, em Julho de 2022, iniciou segunda-feira (06) e termina sábado (11).
(AIM)
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