Maputo, 14 Mar (AIM) – A Comissão das Transportadoras Internacionais de Passageiros-Sul do Save solicita a cooperação e intervenção das polícias de Moçambique e da África do Sul por forma a preservarem as suas actividades ameaçadas pela destruição de suas viaturas no país vizinho.
O pedido foi endereçado esta terça-feira, em Maputo, durante uma audição parlamentar às transportadoras pela Comissão das Relações Internacionais, Cooperação e Comunidades (CRICC) da Assembleia da República (AR).
O presidente da Comissão das Transportadoras, Frederico Ambrósio, disse, na ocasião, que a intervenção seria no sentido de garantir escolta às viaturas dos pontos de embarque e desembarque até a fronteira e vice-versa, enquanto se estudam soluções duradouras.
ʺAssim, a Comissão das Transportadoras Internacionais de Passageiros-Sul do Save espera que os dois governos, uma vez detentores de dados e ferramentas de investigação a nível de tecnologia e recursos humanos, possam pesquisar e trazer soluçõesʺ, anotou Ambrósio.
Enquanto isso, a presidente da CRICC da AR, Catarina Dimande, disse que a magna casa tem acompanhado o problema com “muita tristeza e preocupação”.
Dimande assegurou que a preocupação do parlamento não iniciou hoje. “Já vínhamos acompanhando a situaçãoʺ.
ʺSabemos que as autoridades moçambicanas estão a trabalhar com a sua congénere sul-africana numa possível resolução do problema, tanto que a ministra do Interior, do nosso País, esteve recentemente com a sua equipe na África do Sulʺ, sublinhou.
Dimande informou que a realização da audição parlamentar àquela agremiação tinha em vista a recolha de informações fiáveis.
ʺPor isso marcamos esta audição para ouvirmos o que a Comissão das Transportadoras Internacionais de Passageiros-Sul do Save tem a dizer para juntos vermos possíveis soluções para reencaminharmos a quem de direitoʺ, referiu Dimande.
Desconhecidos tem estado a incendiar viaturas, incluindo de passageiros, na rota Durban-Maputo, alegadamente como forma de “acabar” com o roubo de veículos perpetrado por moçambicanos na África do Sul.
Apesar de encontros entre delegações dos dois países ainda não foram apresentadas possíveis soluções.
(AIM)
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