Maputo, 21 Mar (AIM)- Os pequenos importadores de mercadorias, em Moçambique, conhecidos por “mukheristas”, decidiram suspender as viagens à África do Sul para prevenir actos de violência contra camiões moçambicanos durante a paralisação convocada como forma de protesto às constantes restrições no fornecimento de energia eléctrica no país vizinho.
A manifestação é organizada pelo Partido dos Combatentes da Liberdade Económica, de Julius Malema.
Com efeito, o grupo dos pequenos importadores de Moçambique decidiu desencorajar os seus membros de realizar viagens para a África do Sul, enquanto a situação de segurança se mostrar inapropriada.
Segundo o presidente da Associação dos Mukheristas, Sudekar Novela, citado pelo “Notícias”, a medida visa salvaguardar a integridade física dos operadores do sector e evitar eventuais prejuízos causados pelo saque de mercadorias.
“Por aquilo que é nossa experiência relativamente aos cidadãos sul-africanos, o melhor é monitorizar a situação à distância”, disse Novela.
Vários serviços ficaram encerrados segunda-feira (20), pelo que os “mukheristas” temem que a situação de queima de viaturas com matrícula moçambicana no país vizinho volte a se agravar com os protestos convocados para esta semana.
Novela disse, no entanto, que neste momento não há motivo de alarme porque o Mercado Grossista do Zimpeto, na capital moçambicana, Maputo, tem produtos para abastecer a cidade durante algumas semanas sem quaisquer restrições.
Nos últimos dias, o preço de produtos frescos no “Zimpeto”, principal centro que abastece o país, registou uma oscilação, como resultado, por um lado, da inundação de culturas nos campos de produção e, por outro, pela subida dos custos de aquisição na África do Sul.
(AIM)
FF