Maputo, 02 Abr (AIM) – Os governos de Moçambique e de Malawi estão a explorar actualmente apenas 15 por cento do protocolo de cooperação entre ambos os países no domínio da Defesa, rubricado em meados de 2014.
Além da formação do pessoal militar de ambos os países, o protocolo preconiza a troca de informações militres, a realização de exercícios militares conjuntos, intercâmbio de actividades sócio-culturais e desportivas, incluindo a criação de sub-comités a nível provincial, ou regional, a realização de visitas regulares, entre outros.
Com vista a reverter esta situação, o Comandante das Forças de Defesa do Malawi, Vincent Nundwe, iniciou sábado (01) uma visita de trabalho de dois dias à Moçambique.
O Chefe do Estado Maior- General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, Almirante Joaquim Mangrasse, conidera a vista como “oportuna, sobretudo neste momento em que somos confrontados com desafios crescentes, novos riscos”.
Vincou que as crescentes ameaças sugerem que as Forças Armadas dos dois países, não só trabalhem em conjunto.
“Queremos incrementar mais formações”, disse Mangrasse, destacando a formação no ramo da marinha de Guerra e na academia.
Relativamente aos ataques terroristas que abrandaram significativamente nos últimos meses, na província nortenha moçambicana de Cabo Delgado, Mangrasse afirmou que os ganhos por parte das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique (FDS), apoiadas pela Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM) e pelas Forças de Defesa do Ruanda, têm se reflectido no regresso das populações às aldeias antes ocupadas pelos terroristas.
Disse que tem trabalhado com as Forças de Defesa do Malawi, sobretudo na protecção do Lago Niassa, partilhado pelos dois países e também pela Tanzania.
“Malawi é um parceiro, os problemas que acontecem no nosso país eles também tem os mesmos problemas, então temos que trabalhar juntos”, disse.
Por seu turno, Nundwe sublinhou que Malawi e Moçambique são países irmãos, com a mesma cultura, por isso ao efectuar a visita ao país enaltece a irmandade.
“Os problemas de Moçambique são os problemas do Malawi e estamos aqui para trabalharmos juntos”, disse.
(AIM)
Ac/FF