Maputo, 04 Abr (AIM) – O presidente zambiano, Hakainde Hichilema, recebeu na tarde desta terça-feira a chave da cidade de Maputo, a mais alta distinção atribuída pela capital moçambicana.
“A chave é o reconhecimento de Hichilema como um dos destacados filhos da Zâmbia e de África, bem como uma manifestação colectiva de respeito, apreço e admiração que os munícipes de Maputo, seus representantes e demais autoridades municipais nutrem pela Zâmbia e seu povo”, disse o edil Eneas Comiche.
A cerimónia de entrega surge no âmbito da visita de Estado que Hichilema efectua a Moçambique num período de três dias, acto dirigido pelo edil de Maputo e testemunhado por diversas individualidades dos dois países.
O edil destacou as relações históricas existentes entre as duas nações.
Salientou que desde os primórdios da Independência Nacional, a cidade de Maputo honrou o povo irmão da Zâmbia, atribuindo a algumas vias, nomes que exaltam as relações históricas e de irmandade existentes há longa data.
“De facto, em Maputo, temos as avenidas Acordos de Lusaka e Kenneth Kaunda e a Rua da Zâmbia, como uma maneira de reconhecer o exemplo de abnegação e perseverança demonstrado pela Zâmbia no apoio ao nosso país e por acreditar na justeza da luta do povo moçambicano”, destacou.
“A luta comum pela independência económica regional passou pela Conferência de Coordenação de Desenvolvimento da África Austral (SADCC), estabelecida a 1 de Abril de 1980, com a Declaração de Lusaka, tornando-se Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), a 17 de Agosto de 1992”, vincou.
A Zâmbia foi o segundo país a apoiar Moçambique após a Independência Nacional em 1975
O estadista Zambiano, por seu turno, considerou a revitalização das relações de cooperação entre os dois países como sendo um grande passo para o desenvolvimento da África Austral.
Hakainde destacou a hospitalidade com a qual foi recebido como um dos aspectos que revitaliza as relações de irmandade entre os governos de Maputo e Lusaka.
Aliás, disse Hichilema, Moçambique e Zâmbia são praticamente o mesmo povo que foi dividido por fronteiras foram artificialmente e injustamente definidas na Conferência de Berlim na partilha de África.
“Nas nossas discussões falamos das nossas relações bilaterais, no âmbito regional mas, sobretudo, de todos elementos que achamos que precisamos de trabalhar neles para melhorar a vida dos nossos povos”, disse o governante.
“Amanhã teremos um dia preenchido, estaremos algum tempo aqui em Maputo, mas também iremos a Beira. Tudo isto visa a forjar ou revigorar nossos laços históricos, mas bem mais que isso, nosso presente e também olhando para o futuro, não só nosso, mas no âmbito da nossa região da SADC”, acrescentou.
Disse ter levado em consideração tudo que foi dito pelo edil de Maputo com muito respeito e com sentido de responsabilidade em relação.
(AIM) Fernanda da Gama (FG) /sg