Maputo, 07 Abr (AIM) – O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, lançou o desafio de expandir as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) em todo o país, como condição para inclusão digital e promoção da igualdade do género.
“Cientes de que a inclusão digital contribui para o desenvolvimento de mulheres e homens, o país tem o desafio de expandir o uso das TICs, com enfoque para zonas rurais, através do acesso à Internet disponibilidade de electricidade, computadores, telemóveis e capacitação das mulheres e raparigas para o seu manuseio”, disse.
Nyusi falava esta sexta-feira (07), em Maputo, durante as cerimónias centrais das celebrações de 07 de Abril, “Dia da Mulher Moçambicana”.
No seu discurso, Nyusi destacou os benefícios da inclusão digital durante a pandemia da Covid-19, na formação e capacitação das populações, especialmente das mulheres e raparigas.
“A pandemia da Covid-19 mostrou quão benéfica é a inclusão digital para a formação e capacitação das populações, especialmente das mulheres e raparigas”, anotou.
Apesar dos avanços alcançados na inclusão digital, o que propiciou o aumento da produtividade e sucesso das mulheres nas associações económicas, académicas, científicas e culturais.
Segundo Nyusi, ainda há um número bastante elevado de mulheres e raparigas sem acesso às TICs.
Nyusi citou dados referentes ao censo de 2017, indicando que apenas 22,4 por cento de mulheres e 30, 8 por cento de homens têm posse de telemóvel e 5,3 por cento de mulheres e 10 por cento de homens têm acesso à internet.
Os dados indicam que somente 3,1 por cento de mulheres e 3,8 por cento de homens têm acesso ao computador.
Em relação ao uso de serviços financeiros móveis, só 9,5 por cento de mulheres e 14, 5 por cento de homens têm acesso.
Para o chefe do Estado, a menor inclusão digital da mulher e raparigas também é influenciada pela menor difusão da internet em Moçambique, que está situada nos 10 por cento.
“A mulher engaja-se nos órgãos de poder e tomada de decisão e, mais do que nunca, a mulher hoje engaja-se nas profissões que outrora eram consideradas de domínio masculino. Apesar destes avanços, persistem desafios no âmbito da inclusão digital”, lamentou.
O Programa Quinquenal do Governo (PQG 2020-2024 prevê, entre outras acções, o aumento dos níveis de inclusão digital através do aumento do número de mulheres e raparigas em todos os níveis de ensino.
Segundo Nyusi, estas acções são também executadas no âmbito da política de género e estratégia da sua implementação que promove o acesso e a retenção da rapariga nos cursos de ciências tecnologias, engenharias, matemáticas e demais, permitindo a implementação do uso TICs no país.
As celebrações do Dia da Mulher decorrem sobre o lema: “Inclusão Digital, Inovação e Tecnologia para a Promoção da Igualdade do Género”.
(AIM)
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