Maputo, 09 Abr (AIM) – A Primeira-Dama de Moçambique, Isaura Nyusi, considera que ser mulher polícia é colocar-se ao serviço das comunidades sem nada esperar em troca.
Segundo a esposa do Chefe do Estado moçambicano, é também enfrentar inúmeros desafios profissionais e contrariedades sociais.
“É apoiar, proteger, assistir e cuidar, ainda que a tarefa não esteja escrita, como por exemplo: ser assistente social e ajudar uma mulher a dar à luz”, defendeu.
Isaura Nyusi falava sábado (08), na Escola Prática da Polícia de Matalane, província de Maputo, por ocasião do Dia da Mulher Moçambicana, assinalado a 07 de Abril corrente.
“Usem a vossa vantagem comparada para sensibilizar toda a rapariga a não aderir aos casamentos prematuros, dizer não a gravidez precoce e a manter-se na escola”, apelou.
Reconhecendo a grandeza da missão da mulher polícia, a Primeira-Dama encorajou à firmeza, postura e adopção de atitudes que engrandeçam a imagem institucional e, particularmente, à da mulher moçambicana.
“Lembrem-se que a vossa profissão vos torna diferentes de outras mulheres, pois a dinâmica criminal, o campo de intervenção e suas vicissitudes, exigem de vós uma prontidão combativa permanente e uma forma de ser e estar próprios, que reduzam fraquezas passíveis de serem aproveitadas pelo inimigo”, recordou.
Anotou que “na efectivação da honrosa missão policial, a vossa entrega prestigia a toda mulher moçambicana.”
“Por isso, orgulha-nos notar que a mulher Polícia participa na elevação da imagem institucional, congregando valores de transparência, honestidade, fraternidade, solidariedade, altruísmo e comprometimento com as tarefas que lhes são confiadas”, vincou
Disse ainda que a mulher participa nos esforços de consolidação do seu empoderamento, lutando contra o terrorismo em Cabo Delgado, contra os estereótipos de género, na prevenção e combate à violência baseada no género, incluindo a sexual e doméstica, sem descurar a protecção e assistência de pessoas vulneráveis.
Deste modo, aproveitou a ocasião para sensibilizar as demais mulheres jovens a aderirem ao processo de ingresso para as fileiras da Polícia da República de Moçambique (PRM) “porque é com a participação de mais mulheres na mudança de mentes criminosas, que poderemos contribuir para o desenvolvimento do nosso país.”
Exortou igualmente a todos presentes na cerimónia para que junto das suas comunidades abracem os esforços do governo no combate ao analfabetismo, sensibilizando aos demais para aderirem aos centros de alfabetização e educação de jovens e adultos, para reduzir os índices do analfabetismo no país.
No âmbito das actividades alusivas à data, Isaura Nyusi inaugurou um complexo de infra-estruturas sociais naquele estabelecimento de formação policial, composto por cozinha industrial, refeitórios e padaria.
(AIM)
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