Maputo, 12 Abr. (AIM) – O Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMCM) confirmou, na manhã desta quarta-feira (12), o registo de dois casos positivos de cólera no distrito municipal Ka-Tembe.
O anúncio foi expresso pela Vereadora de Saúde e Acção Social no CMCM, Alice de Abreu, numa Conferência de Imprensa que teve como objectivo revelar dados sobre a cólera na capital moçambicana.
Segundo a vereadora, o número resulta de 24 amostras suspeitas de cólera recolhidas desde o início do corrente ano nos distritos municipais da Cidade de Maputo.
“Tivemos cinco amostras colhidas a nível do distrito municipal Nlhamankulu; duas colhidas no distrito municipal de KaMaxaqueni; quatro, no distrito municipal KaMavota; 13 amostras no distrito municipal Katembe. Destas 24 amostras colhidas a nível da Cidade de Maputo, duas foram positivas para a cólera, a nível do distrito municipal da Katembe”, explicou.
Os casos correspondem a dois jovens de sexo masculino e feminino, de 21 e 25 anos de idade respectivamente. O quadro clínico dos mesmos é bom, razão que os faz cumprir com o tratamento nas suas casas.
“Os pacientes deram entrada em unidades sanitárias por apresentar suspeita de doenças hídricas nos sintomas, foram colhidas amostras e o resultado foi positivo”, disse.
Para fazer face à situação, segundo Abreu, já existem equipas de saúde mobilizadas na cidade de Maputo para sensibilizar a população na prevenção da doença.
“A nível do distrito municipal da Katembe e um pouco por toda a nossa cidade, temos técnicos e agentes de medicina preventiva que estão a reforçar aquilo que são as actividades de sensibilização para o cumprimento das medidas de prevenção individual e colectiva, para prevenção da diarreia, cólera e outras doenças transmissíveis, distribuição de certeza a nível das residências e visitas porta-a-porta”, revelou.
A vereadora disse haver um trabalho de verificação da disponibilidade de material nas unidades sanitárias para lidar com estes casos.
“Temos também verificado e reforçado em todas as unidades sanitárias a disponibilidade de testes rápidos, para, em caso de necessidade, fazer-se, primeiro, o teste rápido e, depois, encaminhá-los ao Instituto Nacional de Saúde (INS) para a confirmação do resultado verificado”, concluiu.
A cólera já matou mais de uma centena de moçambicanos desde o início do ano.
(AIM)
Custódio Cossa (CC)/dt