Pretória, 17 Abr (AIM) – O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, decidiu prorrogar o mandato das tropas daquele país vizinho destacadas em Cabo Delgado, onde se encontram a apoiar as Forças de Defesa e Segurança (FDS), no combate ao terrorismo naquela província do norte de Moçambique.
Segundo o portal sul-africano News24, Ramaphosa também decidiu estender o mandato das tropas sul-africanas que se encontram numa missão de paz na República Democrática do Congo (RDC), a um custo total de cerca de 984.368.057 randes.
Ramaphosa informou a presidente do Parlamento sobre a decisão numa carta com a data de seis de Abril corrente.
Na referida carta, dirigida a presidente da Assembleia Nacional, o parlamento sul-africano, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, e ao presidente do Conselho Nacional das Províncias, Amos Masondo, Ramaphosa informa que o destacamento de tropas em Moçambique será prolongado até Abril de 2024.
“Esta (carta) serve para informar à Assembleia Nacional que estendi o destacamento de mil quatrocentos e noventa e cinco (1.495) membros da Força de Defesa Nacional da África do Sul (SANDF) para serviço em cumprimento de um acordo internacional e obrigação da República da África do Sul perante a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) de apoiar a República de Moçambique no combate aos actos de terrorismo e extremismo violento que afectam as zonas do norte de Moçambique no âmbito da Operação VIKELA”, escreve Ramaphosa.
A prorrogação cobre o período compreendido entre 16 de Abril de 2023 até 15 de Abril de 2024.
As tropas sul-africanas estão integradas na Missão da SADC em Moçambique (SAMIM) que opera em parceria com a Força de Defesa de Ruanda (RDF) na luta contra extremistas islâmicos que estão a cometer atrocidades e assassinar civis inocentes em Cabo Delgado, desde Outubro de 2017.
Os ataques terroristas já resultaram na morte de mais de quatro mil pessoas e forçaram outras 900 mil a procurar refúgio em locais mais seguros, desencadeando uma crise humanitária.
A RDF tem um contingente de 2.500 militares e polícias a operar em Cabo Delgado.
Além dos destacamentos da África do Sul em Moçambique e na RDC, Ramaphosa também estendeu o mandato de 200 soldados sul-africanos para cumprir uma obrigação internacional para com a segurança marítima da SADC. Isso é para combater a ameaça de pirataria e outras actividades marítimas ilegais ao longo da costa da África Austral no Oceano Índico.
A extensão da missão cobre o período de um de Abril corrente a 31 de Março de 2024, com um custo estimado em 35.325 852,00 randes.
O envio dos contingentes militares referidos foi autorizado em conformidade com as disposições da Constituição sul-africana.
(AIM)
News24/sg/mz