Manhiça (Moçambique), 18 Abr (AIM) – A vila autárquica da Manhiça, na província de Maputo, sul de Moçambique, está a construir um mercado grossista de raiz com fundos da edilidade, com vista a dinamizar a comercialização de carnes, hortícolas, frutas, entre outros produtos.
A infra-estrutura está orçada em mais de 7.500 mil meticais (o equivalente a 118 mil dólares americanos).
A iniciativa, segundo o técnico extensionistas do Município, Fernando Xirindza, vai ajudar a escoar boa parte da produção que, por vezes, chega a deteriorar-se por falta de mercado, principalmente na fase de colheita.
“Neste momento, está em obra o nosso mercado grossista. Este era um dos maiores desafios dos agricultores e outros comerciantes aqui no município. Com a construção desta Infra-estrutura a ser erguida com fundos da edilidade, vamos diversificar a oferta de produtos”, disse Xirindza, em entrevista à AIM.
Questionado sobre o cumprimento da meta de produção agrária, a fonte lamentou a perda de 9.248 hectares de culturas diversas, como consequência da época chuvosa 2022/2023.
Segundo Xirindza, a última época chuvosa causou danos incalculáveis, facto que irá comprometer a presente campanha de comercialização agrícola, lançada na última quinta-feira (13), pelo Chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi.
“Em termos de produção, houve uma grande perda, não há comparação possível em relação ao ano passado. O plano para a presente campanha não vai ser atingido, estará abaixo de 70 por cento daquilo que era o planificado. É só ver que na campanha passada atingimos cerca de 80 por cento do planificado”, explicou.
Xirindza enalteceu a atitude dos criadores de gado durante a época chuvosa, pois, logo que receberam informações sobre a queda de chuva, através dos vários órgãos de comunicação social, prontificaram-se em levar o gado para zonas mais altas, facto que evitou danos maiores.
“Com muita sorte não tivemos perda de gado bovino, porque todos os nossos criadores deslocaram-se para as zonas altas”, afirmou.
A vila municipal da Manhiça tem mais de 400 criadores e cerca de dois mil bovinos, 1.350 caprinos e 460 suínos.
O município produz mensalmente mais de 15 mil frangos.
Na presente campanha, Moçambique prevê comercializar 17,2 milhões de toneladas de produtos diversos.
(AIM)
Leonel Ngwetsa (LW)/dt