Maputo, 19 Abr (AIM) – A Procuradora-Geral da Republica, Beatriz Buchili, reconhece que o crime de raptos tem criado insegurança nos cidadãos, restringindo direitos e liberdades fundamentais como a livre circulação de pessoas e bens.
Buchili disse, ainda, que este tipo de crime restringe investimentos, afectando a economia nacional.
No intuito de dificultar o “seguimento e sua localização, segundo a Procuradora-Geral, os agentes do crime optam pelo uso de contactos telefónicos registados em nome de terceiros, com recurso a documentos de identificação obtidos de forma fraudulenta, bem como contactos telefónicos estrangeiros, através da plataforma WhatsApp.”
Em 2022, o Ministério Público registou 15 processos-crime, sendo 11 com 41 arguidos em prisão preventiva, um com três arguidos em liberdade e três contra desconhecidos, comparativamente a 14 processos do ano anterior.
No entanto, Buchili disse que o Ministério Público tem estado a reforçar a cooperação com outros países usados para o mesmo fim.
“A nível interno continuamos a articular com as instituições chave tais como as de telefonia móvel, financeiras, imobiliárias, entre outras”, referiu.
Diferentemente da prática anterior em que os cativeiros eram localizados nos “arredores das cidades, actualmente as investigações “indicam que os raptores arrendam, preferencialmente, residências localizadas em zonas nobres das cidades, cujos pagamentos são feitos em valores avultados e em numerário ou com recurso a moeda criptográfica.”
(AIM)
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