Quelimane (Moçambique), 22 Abr (AIM) – O vice-Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Fernando Tsucane, considera ser tempo oportuno para revisitar a postura do polícia que age à margem do juramento, lealdade, do comprometimento com os objectivos nobres do Estado para conter o recrudescimento de manobras dilatórias do crime organizado endógeno.
Segundo Tsucane, este tipo de crime é viabilizado por um punhado de infiltrados no seio da corporação.
“É tempo de revisitar o nosso juramento, a nossa lealdade, o nosso comprometimento com os objectivos nobres do Estado, por um lado, e, por outro, a nossa firmeza e integridade pessoal e profissional para que as manobras dilatórias do crime organizado endógeno, viabilizados por um punhado de infiltrados no nosso seio da corporação não atrapalhem a disciplina corporativa”, advertiu.
Tsucane falava, sexta-feira, durante uma parada policial havida em Quelimane, na sequência de apresentação pública do Adjunto Comissário da Polícia, Fabião Nhakololo, nomeado comandante provincial na Zambézia, em substituição de Aquilasse Manda.
Sobre a movimentação de quadros, a fonte disse ser um acto que se enquadra no processo administrativo normal que ciclicamente se realiza na Polícia, tendo como objectivos a revitalização da acção directiva e operativa dos quadros ao nível do comando de direcção e chefia das forças e meios.
Disse ainda que o acto permite que os visados tenham a dimensão e experiência prática complexa da realidade dos processos de funcionamento da corporação.
Para Tsucane, o que se espera e se recomenda aos membros movimentados é que, no local de destino onde há sempre um colectivo, procurem inserir-se com humildade, dignidade, ética e profissionalismo para dele colher apoio, colaboração e nova aprendizagem.
Para o vice-Comandante, o novo timoneiro tem a obrigação de transmitir a sua experiência profissional de forma didáctica e num ambiente de respeito e colaboração mútuos para melhor estudar a situação do território, das forças e meios e dos pontos fortes e vulneráveis para consolidar as conquistas, mapear os desafios e promover a preservação da ordem segurança e tranquilidade públicas.
Recordou que, não obstante aos esforços, a sinistralidade, raptos e os sequestros e o crime violento com recurso a armas de fogo tendem a incrementar-se em algumas cidades moçambicanas, impondo-se uma acção arrojada da corporação.
Por seu turno, o comandante provincial assegurou que a protecção de pessoas e de seus bens será a grande prioridade no contexto de combate à criminalidade e dos acidentes de viação, mas também outros males que atentam contra a ordem e tranquilidade públicas.
“Estamos também num momento do início do recenseamento eleitoral. Por isso, teremos de prestar as nossas atenções para que não haja distúrbios diversos”, disse.
Fabião Nhakololo, quadro sénior do Ministério de Interior, vem da Cidade de Maputo, onde exercia o mesmo cargo há sensivelmente cinco anos.
(AIM)
Obadias (colaboração)/dt