Maputo, 23 Abr (AIM) – O Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, reconhece que as tarifas praticadas pelas Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) afugentam os potenciais clientes desta companhia de bandeira nacional.
Magala admitiu o facto no término de uma visita de trabalho de dois dias a província meridional de Gaza, para se inteirar das actividades em curso do sector que dirige.
O titular da pasta de Transportes e Comunicações assegurou que, por isso, o governo está a trabalhar e várias acções estão em curso para melhorar a situação e tornar a empresa mais competitiva.
Destacam-se entre as várias acções a uma melhor gestão da LAM como chave para tornar o transporte aéreo mais próximo aos cidadãos.
Explicou que as actuais tarifas aplicados pela transportadora aérea são proibitivas e em ada orgulham a própria companhia.
“Eu sempre disse e nunca escondi isso, fui sempre aberto em dizer que os preços que se praticam em Moçambique podiam ser melhores. Num ambiente de competição eu creio que os preços que se praticam não são apetecíveis e não são preços de que uma companhia possa se orgulhar”, disse.
Acrescentou que “são preços que afugentam os passageiros e nós vamos tentar ver através de incentivos de competição, redução de tarifas e uma boa gestão que possa trazer esses preços que possam tornar o nosso céu um espaço de liberdade para todo o povo”.
Durante a vista as instalações do Aeroporto Filipe Jacinto Nyusi, no distrito de Chongoene, Magala exigiu das entidades que intervém na gestão da infra-estrutura aeroportuária mais profissionalismo e respeito no tratamento dos passageiros que usam aquela infra-estrutura.
O dirigente disse por exemplo que a fiscalização ou revista da bagagem e outras encomendas por scanner deve abranger a todos, incluindo dirigentes e diz ser necessário ter um paralelismo entre a beleza e a capitalização da infra-estrutura.
Referiu que a província de Gaza tem um elevado potencial turístico, talvez muito mais do se possa imaginar.
Aliás, disse acreditar que Gaza é uma província com inúmeras oportunidades de negócios para o desenvolvimento económico.
“Constatei que a maior parte dos habitantes desta região distante são pessoas que trabalham nas minas da África do sul e têm aqui uma linda oportunidade de encurtar distâncias voando de lá directamente para aqui”, disse.
(AIM)
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