Maputo, 24 Abr (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, afirma que o artista moçambicano deve se assumir em como um profissional capaz de contribuir para a economia nacional, bem como promover a cidadania, liderança e paz em todo o território nacional.
Falando hoje em Maputo, durante a saudação da Associação Moçambicana dos Autores (SOMAS), Nyusi afirmou que o artista também deve promover a inclusão de crianças, jovens e mulheres.
A saudação ao Chefe do Estado surge por ocasião da celebração do Dia Mundial do Livro e Direitos do Autor e do Dia da Propriedade Intelectual, que se assinalou domingo (23).
Segundo Nyusi, o artista deve comunicar sobre Moçambique pelo mundo fora, os últimos acontecimentos, apontando sobretudo as mudanças climáticas.
“As vossas obras devem versar sobre Moçambique, devem comunicar, devem falar nesse sentido; devem comunicar no sentido da [busca da] coesão social; a cultura tem uma grande força para poder manter esse Estado unitário nosso”, disse.
De acordo com Nyusi, os artistas devem iniciar uma maratona de buscar debates de como transformar a indústria cultural numa economia sustentável para o país.
Fez referência a realização, na segunda quinzena de Agosto próximo, do 11º Festival Nacional da Cultura, a ter lugar na província de Maputo, apelando aos artistas para mobilizar todo o tipo de manifestação artística.
“Queremos que mobilizem todo o tipo de cultura, não só aqueles que vão dançar; porque temos que ter um palco onde vão desfilar todo o país, e isso será muito bom”, disse.
Já o secretário-geral da SOMAS, o músico José Manuel (Jomalu) pediu ao Presidente da República para reflectir sobre a introdução da matéria sobre os direitos do autor a partir das escolas primárias, como cadeira extracurricular.
“Achamos que nós em Moçambique não temos a cultura dos direitos do autor, precisamos de criar políticas ou instrumentos legais, que criem mais oportunidades, maior respeito e valor e valorização ao artista nacional”, vincou.
Jomalu propôs ainda a promoção de campanha de sensibilização e educação cívica sobre os direitos do autor, e outros temas que envolvem a cultura, bem como internacionalizar as obras dos artistas moçambicanos.
Participaram no evento as ministras, da Cultura e Turismo, Eldevina Materula, e de Educação e Desenvolvimento Humano, Carmelita Namashulua, bem como músicos, artistas plásticos, pintores, encenadores, entre outros fazedores das artes e culturas.
(AIM)
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