Maputo, 25 Abr (AIM) – O antigo Presidente da República de Moçambique, Joaquim Chissano, diz que as eleições distritais agendadas constitucionalmente para 2024 apenas podem se realizar se forem obedecidas as condições exigidas por lei.
Para o antigo estadista moçambicano, a efectivação do pleito distrital requer a observação de aspectos como imparcialidade e transparência.
“Ainda não tenho os dados para fazer o julgamento, mas creio que possam se realizar,” disse Chissano.
O antigo estadista falava esta terça-feira (25), na Escola Secundária da Polana, na cidade de Maputo, para onde se deslocou para recensear, momento que serviu para exortar a todos os segmentos da sociedade a seguirem o seu exemplo indispensável para o pleito de 11 de Outubro.
Em relação ao terrorismo em Cabo delgado, norte de Moçambique, Chissano referiu que não é a primeira vez que se realizam eleições em ambientes hostis, no país.
“Não é a primeira vez que realizamos eleições em situação de violência em certos distritos, mas não se pode parar a vida do país por causa de pessoas mal-intencionadas. O povo moçambicano quer viver em tranquilidade. Já sofreu muito não só com guerras mas com as calamidades naturais. O povo precisa de estar em paz”, vincou.
Chissano disse que “a representatividade do povo moçambicano foi muito clara em todas a vezes [eleições].
Argumentou que os moçambicanos não querem violência e que se houver partidos ou movimentos contrários, tem de manter-se a paz antes e depois do processo eleitoral.
“Eu prefiro ser optimista e confiar que o povo moçambicano não quer mais violência. Se houver forças estranhas como as que estão a actuar, e se o cidadão [for] mobilizado por movimentos de má intenção devia-se resistir a isso e não ir para violência no tempo eleitoral ou fora do tempo eleitoral. Nós somos pela paz em Moçambique. Meu apelo é que o protocolo actue para que essa paz seja consolidada”, frisou.
(AIM)
Custódio Cossa (CC)/mz