Maputo, 25 Abr (AIM) – O Conselho da União Europeia acrescentou segunda-feira (24) à lista de sanções duas pessoas e um grupo afiliado do Estado Islâmico que estão a operar na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, há anos assolada por ataques.
Em comunicado, o Conselho da União Europeia (UE) anunciou que Abu Yasir Hassan e Bonomade Machude Omar estão a partir de hoje [segunda-feira] incluídos na lista de sanções da UE pela “responsabilidade em ataques terroristas e sérios abusos dos direitos humanos”.
Na lista de sanções passa também a estar o braço moçambicano do auto-proclamado Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL-Mozambique, na sigla em inglês), um grupo considerado terrorista pelos Estados-membros da UE.
“As actividades que desenvolveram contribuíram para a expansão da ameaça do terrorismo em Moçambique e representam uma ameaça séria para a UE, assim como para a estabilidade regional e internacional”, acrescenta-se no comunicado, citado pela Lusa.
Com estas adicções havia até segunda-feira 15 pessoas associadas a grupos como o Estado Islâmico e a Al-Qaida com restrições às viagens e activos congelados pela União Europeia. As sanções também impedem terceiros de angariarem fundos para as organizações e pessoas incluídas na lista.
A nota sustenta que decisões como a de segunda-feira fazem parte de um esforço de Bruxelas para combater os grupos considerados terroristas e os seus afiliados regionais, como é o caso do braço do ISIL em Moçambique.
Nos últimos anos, a violência tomou conta da província de Cabo Delgado, perto da fronteira com a Tanzania. Várias aldeias foram alvo de ataques e vilas de maior dimensão como Mocímboa da Praia e Palma estiveram durante algum tempo sob o controlo dos terroristas.
Os ataques provocaram uma grave crise humanitária na região, com milhares de deslocados.
(AIM)
FF