Maputo, 25 Abr (AIM) – A polícia moçambicana (PRM), a nível da província nortenha de Nampula, confirmou estarem em curso dois processos-crime de supostos ilícitos eleitorais.
“Decorrem dois processos-crime, sendo um de suposto ilícito eleitoral contra indivíduos agredidos, e um outro contra fiscais que teriam, sob uma suspeita sem muito fundamento, agredido. Estes dois processos vão decorrer em simultâneo”, disse Zacarias Nacute, porta-voz da PRM em Nampula.
Segunda-feira (24), a Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, convocou uma conferência de imprensa para denunciar supostas irregularidades cometidas por alguns partidos concorrentes às autárquicas de Outubro próximo, nomeadamente a entrega de listas.
Na ocasião foi exibida uma lista de nomes atribuída a Frelimo, o partido no poder.
Os queixosos alegam que a lista continha um timbre da Frelimo.
Assim correm os seus termos legais dois processos-crime, por agressão a brigadistas atribuída a fiscais ligados ao partido Renamo, num posto de recenseamento no bairro de Natiquiri, arredores da cidade de Nampula.
Os órgãos de administração eleitoral, em Nampula, prometem para esta quarta-feira (26) dar explicações em torno do processo que está a gerar um coro de protesto.
Entretanto, no passado dia 20, data do arranque do recenseamento eleitoral, o director provincial do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), em Nampula, Luís Cavalo, garantiu que meios técnicos e humanos já estavam em todos os postos de recenseamento nos distritos municipalizados.
“Já estão criadas as condições técnicas e logísticas na província de Nampula. Todas as brigadas e os materiais já estão nos postos de recenseamento e no cômputo geral, todas as brigadas arrancaram a nível da província,” assegurou.
Segundo a fonte, “é verdade que temos situações de lentidão. Os brigadistas estão a familiarizar-se com o equipamento e a medida que o tempo for passando eles irão aperfeiçoar e acelerar o tempo de registo do eleitor”.
(AIM)
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