Maputo, 25 Abr (AIM) – A França assegura que tudo fará para incrementar as trocas bilaterais com Moçambique de modo a atingir a fasquia dos 200 milhões de euros até finais do corrente ano, algo que não foi possível no ano passado devido a conjuntura económica global.
Estatísticas indicam que as exportações de Moçambique para França ascenderam a mais de 30 milhões de dólares norte-americanos ano passado, e as importações em torno de 73 milhões.
A garantia foi dada hoje, pelo chefe dos Serviços Económicos da Embaixada da França em Maputo, Pierre Sejourne, em entrevista a AIM, para fazer um balanço preliminar dos resultados do Fórum de Negócios e Investimento França-Moçambique em curso desde segunda-feira.
“O ano passado foi complicado devido a conjuntura, mas este ano achamos que de negócios vai atingir 200 milhões de euros”, disse encarregado de negócios da França em Moçambique.
Pierre Sejourne, assegura que as trocas comerciais deverão crescer a longo prazo, face as oportunidades que Moçambique oferece e um ambiente de negócios favorável que abre espaço para mais investimentos franceses, como atestam as novas medidas de aceleração económicas aprovadas pelo Executivo moçambicano que tem como uma das medidas chaves, a facilitação do negócio e redução da burocracia na concessão de vistos.
Segundo o diplomata francês, as relações económicas com Moçambique, passam a abranger as Ilhas Magotes e Reunião, criando uma zona de comércio e investimentos atractivo para as economias abrangidas, tendo em conta o factor proximidade do país com os territórios referidos.
A França faz um balanço positivo do evento, avaliando pelo nível de participação dos empresários dos dois países.
Ficou o compromisso de as partes realizarem outro fórum em Dezembro do ano em curso, como forma de manter contratos permanentes entre os empresários que actuam em diversos sectores de negócios.
Hoje, último dia do fórum, o evento foi caracterizado por encontros “business-to-business” entre empresas moçambicanas e francesas, o que permitiu a troca de contactos e experiências para fazer negócios e fomentar o desenvolvimento económico.
Sobre a retoma do projecto Mozambique LNG, executado pela TotalEnergies, na bacia do Rovuma na província de Cabo Delgado, zona norte, Pierre Sejourne insiste que a decisão depende de vários factores.
Garante, porém que a multinacional petrolífera continua a apostar na materialização do projecto.
(AIM)
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